O Palmeiras visitou e derrotou, esta quinta-feira, o Cerro Porteño, por categóricos 0-3, em partida a contar para a fase de grupos da Taça de Libertadores de sub-20, que ficou manchada por um episódio de racismo, na reta final.
Luighi foi substituído por Antônio Marcos, à passagem dos 80 minutos, e, quando se encaminhava para o banco de suplentes, foi interpelado por um adepto paraguaio, que imitou um macaco. Pelo meio, foi ainda alvo de cuspidelas oriundas da bancada, pelo que acabou por desabar em lágrimas.
O jogador de apenas 18 anos de idade falou na zona de entrevistas rápidas, após o apito final, e 'disparou': "A sério? Não vão perguntar-me sobre o ato de racismo que ocorreu, hoje, comigo? A sério? Até quando vamos passar por isto?".
"Diga-me, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar-me sobre isso", afirmou, visivelmente emocionado, quando um jornalista da organização do torneio jovem pediu uma reação ao resultado favorável aos brasileiros.
O próprio clube acabaria por reagir, em forma de comunicado, instantes depois: "É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válido para competições da CONMEBOL".
"O Palmeiras presta toda a solidariedade aos atletas do clube que estão a disputar a Libertadores sub-21, no Paraguai, e comunica que irá até às últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos", pode ler-se.
"Racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes! As suas lágrimas, Luighi, são nossas! A família Palmeiras tem orgulho de você", completa.
É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da CONMEBOL. A Sociedade Esportiva Palmeiras presta toda solidariedade aos atletas do clube que estão disputando a Libertadores Sub-20 no… pic.twitter.com/qTj4TIaO9X
— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 7, 2025
Leia Também: Claque do Palmeiras, de Abel Ferreira, ameaça: "Invadimos o campo"