Pedro Caixinha entrou com o pé esquerdo na edição deste ano do Brasileirão. O Santos, que é orientado pelo técnico português, perdeu no domingo na visita ao Vasco da Gama, de Nuno Moreira. A exibição dos santistas foi arrasada pelo presidente do Peixe.
Marcelo Teixeira, líder do emblema de São Paulo, prestou declarações aos jornalistas no final do duelo no Rio de Janeiro e criticou "falhas gravíssimas" dos jogadores orientados por Pedro Caixinha.
"A equipa apresentou-se relativamente bem, mas perdemos três pontos. É inadmissível o Santos iniciar uma campanha, em que quer ser protagonista e quer ficar na primeira página do campeonato, e vir aqui, com todo o respeito ao Vasco, mas era um jogo para três pontos. A equipa jogou, fez o primeiro golo, não tivemos tantos problemas em termos defensivos, perdemos algumas oportunidades, mesmo quando estava 1-1. Uma equipa que quer chegar na decisão do campeonato entre os primeiros colocados não pode sofrer os golos que nós sofremos. Infantis. São coisas impressionantes para uma equipa que treina, treina e treina e sofre os golos de cabeça, bola aérea... Há sempre esse tipo de dificuldade. Também ofensivamente, quando podes matar o jogo, tens que matar, o Campeonato Brasileiro é isso. É um nível de competitividade muito alto, nós temos que ter a consciência", afirmou Marcelo Teixeira.
"Voltar ao Brasileirão é excelente, objetivo importante, mas não queremos permanecer em disputas secundárias e diferentes da nossa tradição. Nós temos que voltar e dizer que o Santos está, mais uma vez, a disputar o título. Há um plantel para esse tipo de resposta, há condições de fazer uma boa campanha e nós precisamos dessa reação, precisamos corrigir falhas gravíssimas, que, num campeonato como este, não podes sair daqui apenas lamentando. Lamentar, corrigir e ganhar pontos. É isso que o Santos precisa neste início do campeonato. Não vejo queda de preparação física", prosseguiu o dirigente paulista.
"Eu vejo as modificações, naturais, que o treinador fez. A equipa estava composta de uma maneira, mesmo sem Neymar e Soteldo. Lógico, são peças importantes. Mas a equipa já vinha dando uma impressão importante, positiva, na primeira parte. Na segunda, não justifico pela preparação física. Eu acho que muito mais do que as mudanças que foram feitas, em que a equipa demorou um pouco para impor de novo um ritmo e, dos 30 minutos para a frente, não houve condições de o Santos realmente mostrar que tinha uma força para virar o jogo", vincou ainda Marcelo Teixeira.
"Uma lição, sem dúvida alguma, pelo que ouvi no balneário. Mas não adianta nós ouvirmos no balneário e não trabalharmos para fazer essas correções. Temos que ouvir, admitir o erro, as falhas gravíssimas e, ao ouvir, nós temos que trabalhar para que, na próxima partida, a gente faça por merecer um resultado positivo. O Santos não poderia sair do Rio sem os três pontos. Não justificando questão física, ausência de jogadores. O Santos tem que vir aqui, com o plantel que está hoje aqui a enfrentar o Vasco, e sair com a vitória", finalizou.
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