Varandas perto de se tornar o presidente mais galardoado do Sporting

O campeonato conquistado hoje pelo Sporting torna Frederico Varandas num dos presidentes com mais troféus nacionais de futebol ao serviço do clube, com oito, em igualdade com Ribeiro Ferreira, líder entre 1946 e 1953.

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Lusa
17/05/2025 20:48 ‧ há 3 horas por Lusa

Desporto

Sporting

Eleito em 2018, Varandas soma agora três campeonatos nacionais (2020/21, 2023/24 e 2024/25), três Taças da Liga (2018/19, 2020/21 e 2021/22), uma Taça de Portugal (2018/19) e uma Supertaça (2021), sendo o primeiro presidente bicampeão nacional no Sporting desde que Góis Mota completou o primeiro 'tetra' do futebol português, em 1953/54. Contudo, o primeiro dos dois títulos de campeão deste dirigente foi conquistado a meias com Ribeiro Ferreira, falecido no decorrer da época anterior.

 

Por isso, Ribeiro Ferreira era, até hoje, o único presidente sportinguista a 'bisar' a 'solo' em termos de títulos nacionais: fê-lo em 1946/47 e 1947/48, acabando por completar o 'tri' na época seguinte, e em 1950/51 e 1951/52, dando início ao 'tetra' concluído por Góis Mota.

O atual líder é, também, o primeiro dirigente máximo dos 'verdes e brancos' a conquistar três títulos de campeão nacional desde João Rocha, presidente entre 1973 e 1986.

Varandas, de resto, desempatou com o histórico dirigente que dá o nome ao pavilhão do clube, uma vez que, aos três títulos de campeão nacional (1973/74, 1979/80 e 1981/82), Rocha juntou ainda três Taças de Portugal (1973/74, 1977/78 e 1981/82) e uma Supertaça (1982/83), num total de sete troféus.

Até hoje, ambos eram superados apenas por Ribeiro Ferreira, que somou seis títulos de campeão nacional (1946/47, 1947/48, 1948/49, 1950/51, 1951/52 e 1952/53) e duas Taças de Portugal (1945/46 e 1947/48).

Ribeiro Ferreira, que já não completou a época da sua última conquista, falecendo em fevereiro de 1953, não foi, no entanto, o primeiro a alcançar três títulos máximos do futebol português, mas os três Campeonatos de Portugal conquistados por Joaquim Oliveira Duarte (1933/34, 1935/37 e 1937/38) não são reconhecidos como títulos de campeão nacional pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O clube de Alvalade mantém, por isso, um diferendo com a FPF e reclama para si 25 títulos de campeão nacional, somando os quatro Campeonatos de Portugal conquistados durante a vigência desta competição, entre 1921 e 1938, aos 21 títulos reconhecidos pelo organismo que superintende o futebol em Portugal.

Curiosamente, Oliveira Duarte, que liderou os 'leões' entre 1932 e 1942, é o presidente mais titulado em competições nacionais de futebol, a seguir a Ribeiro Ferreira, João Rocha e Frederico Varandas, com cinco títulos, com a particularidade de, aos tais três Campeonatos de Portugal, ter somado também o primeiro título de campeão nacional reconhecido pela FPF (1940/41) e a primeira Taça de Portugal, na mesma época.

Foi, assim, o primeiro presidente do Sporting (e de todos os clubes em Portugal) a alcançar a 'dobradinha', um feito que os 'leões' conseguiram apenas em mais cinco ocasiões, sob as lideranças de Ribeiro Ferreira (1947/48), Góis Mota (1953/54), João Rocha (1973/74 e 1981/82) e Dias da Cunha (2001/02), e que Varandas tem, agora, a oportunidade de alcançar, depois de o ter falhado na última época, ao perder a final da Taça de Portugal para o FC Porto.

Caso consiga a sétima 'dobradinha' da história 'leonina', em 25 de maio, frente ao Benfica, Varandas torna-se, então, de forma destacada, no presidente com mais troféus nacionais de futebol, deixando para trás, definitivamente, Ribeiro Ferreira.

Se não o conseguir, volta a ter um 'match point', em agosto, quando Sporting e Benfica voltarem a encontrar-se para disputar a Supertaça Cândido de Oliveira.

Varandas tornou-se o 44.º presidente do Sporting em 08 de setembro de 2018, no rescaldo do ataque à Academia do clube, em Alcochete, e não teve um início fácil, em especial no futebol, apesar da conquista da Taça de Portugal e da Taça da Liga de 2018/19, sob o comando do técnico neerlandês Marcel Keizer.

Na altura, foi eleito com 42,32% dos votos, no ato eleitoral mais participado de sempre, com 22.510 sócios votantes, e reeleito, depois, em 2022, com 85,8% dos votos, numa eleição que contou com a votação de 14.795 sócios, impulsionado pela conquista do campeonato no ano anterior, com Ruben Amorim como treinador, que colocou um ponto final ao mais longo 'jejum' de títulos de campeão nacional do clube, que durou 19 anos.

Amorim, de resto, está 'umbilicalmente' ligado a seis dos oito títulos de Varandas. Aos campeonatos de 2020/21 e 2023/24, juntou ainda duas das três Taças da Liga do atual presidente, uma Supertaça e ainda iniciou esta época ao 'leme' da equipa, antes de rumar ao Manchester United e ser rendido por João Pereira, que viria a ser demitido para dar o lugar a Rui Borges.

Mas, na estreia de Ruben Amorim aos comandos da equipa do Sporting, uma vitória sobre o Desportivo das Aves (2-0), em março de 2020, Varandas enfrentou uma manifestação de centenas de adeptos junto ao Estádio José Alvalade, que exigiam a sua demissão.

Os sucessos alcançados pelo treinador pelo qual Frederico Varandas aceitou pagar 10 milhões de euros de cláusula de rescisão para o 'resgatar' ao Sporting de Braga ajudaram, no entanto, a dissipar as nuvens negras.

Ainda assim, o líder 'leonino' nunca deixou de ser contestado por uma 'franja' de adeptos, particularmente ligados às claques, com quem mantém divergências desde que cessou unilateralmente os protocolos que vigoravam entre as partes desde os mandatos do seu antecessor, Bruno de Carvalho.

Nascido em Lisboa, em 1979, Varandas, de 45 anos, tornou-se sócio do Sporting pela mão do avô logo em 1980.

Foi diretor clínico dos 'leões' entre 2011 e 2018 e, ao ser eleito presidente, quebrou uma 'linhagem' de gestores e advogados na presidência do clube nas últimas décadas.

Ao percurso clínico junta também a faceta de militar, tendo estado presente na guerra do Afeganistão, onde sofreu à distância e acompanhou pela rádio o triunfo (2-0) do Sporting sobre o FC Porto na final da Taça de Portugal, em 18 de maio de 2008.

Cumpre, atualmente, o segundo mandato à frente do clube de Alvalade e ainda não anunciou se voltará a candidatar-se nas eleições do próximo ano, mas os recentes sucessos desportivos, particularmente no futebol, deixam antever uma reeleição sem oposição relevante.

Leia Também: Sporting garantiu bicampeonato e seguiu-se esta festa em Alvalade

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