Rui Costa, presidente do Benfica, deixou este domingo duras críticas ao trabalho da equipa de arbitragem liderada por Luís Godinho na final da Taça de Portugal frente ao Sporting (1-3). O líder das águias, visivelmente irritado, criticou a atuação do VAR e mencionou um lance com Belotti nos descontos do tempo regulamentar, dizendo mesmo que "há limites para tudo" perante "duas agressões claras".
"Assumindo a responsabilidade por não ter ganho esta Taça de Portugal... Há situações que ultrapassam todos os limites. Peço-vos para analisarem um lance aos 94 minutos, onde o Belotti no chão é agredido por dois jogadores do Sporting. Um com uma cotovelada deliberada na cabeça e um pisão propositado na cabeça do Belotti e a falta ainda foi contra o Benfica. Por mais responsabilidades que tenha, até comigo mesmo, há coisas que ultrapassam todos os limites", começou por dizer Rui Costa, na zona mista do Estádio Nacional do Jamor, prosseguindo.
"Faz-me muita confusão como é que um VAR consegue ver uma simulação do Dahl, consegue anular o segundo golo ao Benfica e não consegue ver uma dupla agressão a um jogador do Benfica. Peço que acompanhem este lance. Aos 95 minutos o Otamendi leva uma cotovelada na cara de um jogador que já tinha amarelo. São lances a mais. O Benfica perdeu, assumo essa responsabilidade, mas há que olhar para o futebol português, definitivamente. Queria ver um lance desta natureza a favor do Benfica o que não dava durante a semana toda. Que os responsáveis dos árbitros analisem este jogo e analisem como é que um VAR que anula duas situações do Benfica e não consegue ver dois lances destes. Provavelmente vai ser premiado e passará a ser o condutor do VAR em Portugal. Uma coisa extraordinária. Raramente falo dos árbitros, mas há limites. Tentei e procurei ser um presidente que tentasse ajudar o futebol português, mas há situações que passam os limites. São duas agressões claras e evidentes, que não foram vistas pelo fiscal e pelo VAR. Há limites para tudo", argumentou o presidente do Benfica, antes de deixar uma última garantia.
"Há altura que trasborda tudo. O que se passou hoje aqui é de uma análise profunda do futebol português. Desde os 10 minutos de desconto, aos lances capitais do jogo a estes dois lances, aos 90'+4 e 90'+5, num tempo de desconto que levou 10 minutos de jogo", rematou Rui Costa.
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