Iker Casillas quer ser indemnizado em mais de 3,7 milhões de euros em prestações, alegando incapacidade de trabalho por conta do enfarte agudo do miocárdio sofrido durante um treino do FC Porto, em maio de 2019, revela o jornal Público, esta quinta-feira.
O antigo guarda-redes espanhol deu entrada do caso no tribunal há mais de três anos, contra a seguradora Fidelidade e o FC Porto, mas o processo ainda se arrasta na justiça e sem solução à vista.
O mesmo jornal explica que a seguradora transferiu, na altura, 1,5 milhões de euros, teto máximo para acidentes de trabalho, ao passo que o FC Porto terá pago mais de um milhão de euros em salários durante o período em que tinha contrato e que esteve fora de competição.
O clube azul e branco considera ter cumprido com as suas obrigações e 'passa a bola' à seguradora, que também entende não haver motivos para pagar qualquer tipo de custo extra.
Fidelidade 'culpa' colesterol de Casillas
Aliás, um dos argumentos da Fidelidade é que, no dia de admissão na CUF do Porto, logo após o problema de saúde, Casillas tinha colesterol acima dos limites máximos. A seguradora acredita, por isso, que foi este o principal impulsionador do enfarte, escreve o mesmo jornal.
A defesa do antigo guardião espanhol diz apresentar provas que o esforço feito no treino provocou o infarte de Casillas, mas o FC Porto pede mais esclarecimentos médicos, apontando para a placa aterosclerótica coronária, que já possuía características de vulnerabilidade que pudessem ter aumentado o risco de enfarte.
Por seu turno, a Fidelidade escuda-se na impossibilidade de estabelecer uma relação direta entre o esforço físico do ex-jogador na sessão de treino com o enfarte agudo do miocárdico. Além disso, levanta dúvidas sobre o momento em que ocorreu o enfarte, dizendo que o jogador já se teria queixado antes do treino.
Refira-se que Casillas acabaria por tomar a decisão de se retirar poucos meses depois de ter sofrido o enfarte em maio 2019, depois de um período de muitas dúvidas.
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