O índice HCOB Composite PMI (Purchasing Managers' Index) da atividade total da zona euro, compilado pela S&P Global e hoje publicado, situou-se em 50,2 pontos, 0,6 pontos mais alto do que em dezembro e acima do nível de 50 pontos que implica que a atividade está em expansão.
O relatório mantém-se cauteloso quanto a este resultado e salienta que a taxa de expansão foi apenas marginal, devido à "persistente fraqueza da procura".
No que diz respeito ao emprego, a retoma da atividade económica aproximou as taxas de empregabilidade da estabilidade em janeiro, mas os valores continuaram a diminuir pelo sexto mês consecutivo.
O aumento mais rápido em seis meses dos salários do setor dos serviços não foi suficiente para compensar o declínio acentuado do emprego na indústria transformadora.
A Alemanha e a França registaram novas descidas, enquanto o resto da zona euro prosseguiu na via da criação de emprego.
O relatório relaciona este declínio nos números do emprego com a diminuição das encomendas em carteira durante o mês de janeiro.
A fraca procura nos mercados internacionais continua a pesar sobre a entrada de novas encomendas de exportação na zona euro, que se encontra em declínio constante há três anos, afetando tanto o setor da indústria transformadora como o dos serviços.
O economista do HCOB, Cyrus de la Rubia, descreve o primeiro mês de 2025 como "moderadamente encorajador", uma vez que "o arrastamento do setor da indústria transformadora diminuiu ligeiramente, enquanto o setor dos serviços continua a crescer moderadamente".
"O setor da indústria transformadora continua em recessão, mas o ritmo de declínio diminuiu um pouco. O setor continua a reduzir-se rapidamente e as novas encomendas também estão a abrandar", refere o relatório.
A Alemanha desempenhou um "papel importante na recuperação económica da zona euro" e sublinha o regresso do seu índice composto a um território em expansão, ao contrário de França, cuja economia continuou em contração.
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