OE2026 chumbado? "Imprevisível o que se vai passar daqui a nove meses"

O responsável pela pasta da Economia, Pedro Reis, descartou a ideia de que Portugal - ou a Europa - ande à 'boleia' dos Estados Unidos, mas apontou que é preciso "emparceirar e acompanhar as melhores práticas". Para o ministro, Washington é um parceiro "essencial" para Portugal.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/01/2025 23:32 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Economia

Pedro Reis

Numa semana marcada pela tomada de posse de Donald Trump, o ministro da Economia, Pedro Reis, falou, esta quinta-feira, acerca da agitação das 'águas' que pode surgir desta mudança - assim como da economia nacional, no âmbito da qual continua a acreditar no crescimento de 2,1%, tal como previsto no Orçamento do Estado.

 

O ministro foi questionado sobre as declarações do líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, que disse que o partido se estava a preparar para eleições antecipadas. Confrontando sobre o Executivo estaria a postos para esta eventualidade,  respondeu que "o governo está focado em governar e reformar".

Sobre se as declarações de Pedro Nuno poderia ser sinónimo do chumbo do próximo Orçamento do Estado, Pedro Reis considerou: "É imprevisível o que se vai passar daqui a seis meses na economia mundial, quanto mais daqui a nove meses na arena política portuguesa".

Quanto a assuntos externos, Pedro Reis defendeu que Portugal deve reforçar a parceria com Washington, ligação esta que é "essencial". "Os Estados são um parceiro com alinhamento estratégico. Trazem intensidade tecnológica, lideram em muitos campos da inovação - começando pela Inteligência Artificial, são um centro de conhecimento e um mercado hoje em dia originador de turismo importantíssimo para Portugal", considerou, defendendo: "Devemos fazer tudo por ter uma relação forte e próxima com a economia americana e com os Estados Unidos. Indiscutível".

Ainda na 'onda' do outro lado do Oceano Atlântico, Pedro Reis foi questionado sobre se a eventual deportação de açorianos preocupava o Governo. Sublinhando que esta é uma matéria que vai além do "perímetro da Economia", o ministro apontou: "Tal como nas tarifas alfandegárias e eventuais medidas de maior protecionismo, tal como nos compromissos que fará de alianças, eu teria algum cautela em antecipar posições e em extremar opiniões sem termos a evidência das ações que venham a sair das decisões no terreno que o governo americano venha a tomar".

O ministro considerou que o mundo está atualmente "suficientemente volátil e, felizmente, interdependente", e deixou a 'dica' para a pasta da diplomacia, referindo que a  discrição era sinónimo de eficiência. "A nossa diplomacia é exímia nessa matéria. Na discrição, ponderação e equilíbrio, temos os nossos canais com o governo americano e vamos acompanhando essas matérias", afirmou, referindo ao ministério dos Negócios Estrangeiros.

Voltando a Portugal, o responsável pela pasta da Economia foi também confrontando sobre as expetativas quanto ao crescimento de 2,1% no que ao PIB diz respeito, ainda com o clima de incerteza que se vive hoje em dia. "Acho que sim", atirou, referindo que se baseava em vetores estruturais que "vão respondendo dentro de um quadro de normalidade".

"A execução do PRR e do PT2030 coloca na economia um nível de fundos muito assinalável", afirmou, falando ainda da transição energética e no emprego.

Reis recusou a ideia de ir 'à boleia' dos Estados Unidos, nomeadamente, em relação à Inteligência artificial. "É uma questão de acompanhar as melhores práticas e emparceirar com os agentes mais inovadores", reforçou.

Leia Também: OE para 2026? "É problema que se vai colocar no verão. Vamos esperar"

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