Lagarde apela a Trump para trabalharem juntos e respeitar as regras

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) respondeu hoje às críticas de Donald Trump de que a Europa trata de forma injusta o seu país com um apelo para que trabalhem juntos e respeitem as regras.

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Lusa
24/01/2025 12:32 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

BCE

 "Sim, há países numa posição mais forte do que outros, mas todos precisamos uns dos outros", disse Lagarde na sessão de encerramento do Fórum Económico Mundial (FEM) de Davos , onde na quinta-feira Trump, que falou por videoconferência a partir de Washington, se queixou de que a União Europeia (UE) 'trata os EUA de forma muito, muito injusta' e que o seu país vai tomar medidas.

 

Lagarde disse que "nem as regras nem as instituições" podem ser ignoradas e, numa negociação, apesar de "alguns participantes serem mais fortes do que outros", todos têm que se sentar "para negociar", uma vez que as marcas são "para os jogadores que respeitam as regras", disse, concluindo que neste cenário "o melhor ganha".

Questionada sobre se as palavras de Trump eram verdadeiras, Lagarde disse que não era possível responder "sim ou não" e que não se tratava de uma questão de "preto ou branco", uma vez que, além da balança comercial, é preciso ter também em conta a troca de serviços e a circulação de capitais.

Lagarde defendeu que as relações comerciais devem ser organizadas num "quadro de confiança", com regras, em que as instituições não sejam ignoradas, e insistiu na necessidade de negociar.

Se a Europa aprendeu alguma coisa depois da Segunda Guerra Mundial, disse, foi que não se pode avançar sozinha e que é preciso trabalhar em conjunto e respeitar-se mutuamente.

Falando à distância a partir de Washington, Trump disse que o seu país tem "centenas de milhares de milhões de dólares em défices (comerciais) com a UE e ninguém está satisfeito com isso", pelo que vão tomar medidas para resolver o problema.

Trump lamentou ainda que seja difícil para as empresas norte-americanas competirem na UE e que não há "nenhuma razão" para que o processo de aprovação dos Estados- membros não possa "ser mais rápido".

Leia Também: Apesar de ameaças, EDP continua a olhar para EUA como mercado estratégico

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