"É sempre positivo, é sempre positivo quando existem mais entidades a entrar no mercado, mas a decisão de entrar ou não entrar compete única e exclusivamente aos acionistas e a quem tem de tomar decisões sobre o percurso de cada entidade", afirmou Laginha de Sousa, na conferência de imprensa, em Lisboa, de apresentação da estratégia do regulador dos mercados financeiros para este ano.
Contudo, o presidente da CMVM não quis adiantar mais informação por se tratar de um emitente específico.
Ainda sobre o tema, acrescentou apenas que o mercado de capitais tem a particularidade de que a entrada de novas empresas "não retira espaço às que já existem".
Já questionado sobre se na privatização da TAP e eventualmente de outras empresas públicas tem sensibilizado o Governo para a possibilidade de recorrer ao mercado de capitais, pois um dos objetivos da CMVM é dinamizar este mercado, o responsável afirmou que não partilha publicamente o que fala com o executivo.
O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES), na resolução deste.
Em 2017, 75% do banco foi vendido ao fundo de investimento norte-americano. O Estado detém direta e indiretamente 25% do capital do Novo Banco (o Fundo de Resolução detém 13,54% e o Estado detém 11,46% através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças).
O objetivo da Lone Star é, para já, vender parte do capital do Novo Banco, estando a preparar uma dispersão em bolsa (através de uma OPV ou IPO - Initial Public Offering na expressão em inglês habitualmente usada). Ainda não é conhecido se a entrada em bolsa será em Lisboa ou se poderá ser escolhida outra praça financeira.
O Deutsche Bank foi contratado como consultor para assessorar negociações com potenciais compradores.
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