Bolsas 'acordam' em pânico. Porquê? O que assusta os investidores?

A 'culpa' é da  inflexibilidade de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos parceiros comerciais dos EUA. Investidores temem que a guerra comercial poderá terminar com uma recessão da economia mundial.

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Notícias ao Minuto com Lusa
07/04/2025 09:14 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

mercados

A manhã não está a ser fácil para as principais praças europeias, que estão a registar fortes quedas e Lisboa não é exceção. A 'culpa' é da  inflexibilidade de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos parceiros comerciais dos EUA.

 

Por cá, a bolsa de Lisboa abriu hoje em forte queda, com o índice PSI (Portuguese Stock Index) a cair 5,26%, para os 6.286,68 pontos.

O mesmo se passou entre as principais bolsas europeias, que abriram em queda livre, a seguir a tendência das praças asiáticas

Estas descidas dão seguimento ao colapso de sexta-feira em Wall Street devido à imposição de tarifas por Donald Trump, e à reação de Pequim.

O que assusta os investidores?

As perdas aceleraram depois de a China ter igualado o grande aumento dos direitos aduaneiros anunciado por Trump na quarta-feira da semana passada, fazendo subir a parada numa guerra comercial que poderá terminar com uma recessão da economia mundial - é isto que assusta os investidores.

Mesmo um relatório melhor do que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira, que normalmente se assume como o destaque económico de cada mês, não foi suficiente para suster a queda dos mercados. Todas as ações das 500 empresas do índice S&P 500, exceto 14, caíram na sexta-feira.

A resposta da China às tarifas norte-americanas provocou uma aceleração imediata das perdas nos mercados mundiais. O Ministério do Comércio de Pequim anunciou que irá responder às tarifas de 34% impostas pelos EUA sobre as importações da China com a sua própria tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos norte-americanos a partir de 10 de abril, entre outras medidas.

Os Estados Unidos e a China são as duas maiores economias do mundo.

Trump anunciou na quarta-feira que vai impor tarifas a países de todo o mundo. Sobre as taxas, o Presidente dos EUA disse que "vão trazer um crescimento como nunca se viu" e "mais rápido do que se pensa".

No caso da UE, Trump referiu que a tarifa será de 20%, uma vez que, segundo explicou, o bloco europeu tributa os produtos norte-americanos em 39%, em média, enquanto a Coreia do Sul, por exemplo, os tributa em quase 50%, em média. As tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos sul-coreanos serão de 26%.

Petróleo também sofre impacto

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu hoje a cair 2,83% no mercado de futuros de Londres para os 63,72 dólares, após uma queda nos mercados asiáticos devido ao impacto das tarifas.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, caiu 2,83% face ao fecho de sexta-feira, quando fechou a cotar nos 65,58 dólares, mantendo-se abaixo da marca dos 70 dólares.

O petróleo está a sofrer o impacto da decisão do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, de impor tarifas a nível mundial e da retaliação da China, que impôs uma tarifa de 34% sobre os produtos importados dos EUA. A decisão de Pequim entrará em vigor a 10 de abril, de acordo com uma declaração do Governo chinês.

O índice de referência da Bolsa de Taipé, o Taiex, sofreu hoje a sua maior queda diária da história, no meio do pânico dos investidores após as tarifas sobre os produtos taiwaneses anunciadas na semana passada por Trump.

Leia Também: Bolsas europeias em queda livre devido à inflexibilidade de Trump

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