Os resultados da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,91% e o alargado S&P500 recuou 0,23% ao passo que o Nasdaq avançou 0,10%.
No final da sessão esboçou-se um movimento de alta, depois de Trump afirmar que vai fazer "acordos justos" com os países que negoceiem as taxas alfandegárias, mas recusou fazer uma pausa na sua política de agravamentos alfandegários.
Na primeira hora da sessão as perdas dos índices chegaram a superar os quatro por cento, depois de Trump ter ameaçado a China de com uma taxa alfandegária suplementar de 50%, se não retirar até amanhã as taxas que impôs às importações vindas dos EUA como represália.
No sábado, Trump impôs uma racha alfandegária geral de 10% e na quarta-feira entram em vigor o que designa por taxas "recíprocas", com valores mais elevados para alguns países e blocos de Estados, no meio do crescimento do receio de que estas decisões causem uma recessão.
O Goldman Sachs reviu hoje em alta a sua previsão de recessão nos EUA, para 45%, juntando-se às posições da grande banca e referências de Wall Street que apoiaram Trump e agora o criticam, como o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, e da BlackRock, Larry Fink, ou o magnata Bill Ackman.
Trump declarou-se aberto a negociar as suas taxas, mas não admitiu excluir qualquer país destas.
Por outro lado, Trump instou de novo a Reserva Federal a baixar a sua racha de juro de referência, justamente no dia em que esta realiza uma reunião extraordinária, à porta fechada, do seu conselho de governadores.
Entre as 30 integrantes do Dow Jones, destaca-se a desvalorização da Apple, de 3,67%, uma das empresas mais afetadas desta política comercial, pela sua dependência da China, e que já perdeu 20% da sua capitalização bolsista nas últimas três sessões, o que representa 640 mil milhões de dólares.
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