Bruxelas propõe aos EUA tarifas zero sobre bens industriais

Anuncio foi feito esta segunda-feira pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

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Notícias ao Minuto
07/04/2025 14:16 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Economia

Ursula von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs, esta segunda-feira, aos EUA a aplicação de  tarifas zero sobre bens industriais. Em comunicado, von der Leyen assegurou ainda que a Comissão Europeia está pronta para negociar com os EUA. 

 

"Estamos prontos para negociar com os EUA. De facto, propusemos tarifas zero para os bens industriais como fazemos já com muitos outros parceiros comerciais", disse a presidente da Comissão Europeia, citada na mesma nota. 

Von der Leyen prosseguiu dando conta que a "Europa está sempre pronta para um bom acordo", mas também assegurou que Bruxelas pode responder na mesma moeda e retaliar: 

"Também estamos preparados para responder com contramedidas e defender os nossos interesses", adiantou a presidente da Comissão Europeia. 

Von der Leyen afirmou ainda que será constituída uma task force que vai estar atenta às importações: "Trabalharemos com a indústria para garantir que temos a base de evidências necessária para as nossas medidas políticas. Manteremos contato próximo para trabalhar juntos e minimizar o efeito dos dois lados".

Bruxelas vai agir como um "raio laser do comércio global", que vai além dos EUA, e a Comissão Europeia está agora a fortalecer as relações com parceiros comerciais. "A nossa unidade é a nossa força", concluiu. 

Portugal diz que há unanimidade para "não escalar mais" as tensões com os EUA

O Governo português destacou hoje a unidade na União Europeia (UE) para "não escalar mais" as tensões comerciais com os Estados Unidos, na sequência das novas tarifas norte-americanas, mas garantiu "firmeza" comunitária nas negociações transatlânticas.

"Foi uma reunião muito produtiva, foi um dia de facto de grande coesão e de união dos Estados-membros. Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela União Europeia e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito", disse o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, em declarações no final de uma reunião dos ministros do Comércio da UE, no Luxemburgo.

De acordo com o governante, neste encontro que aconteceu num dia em que as bolsas europeias abriram com acentuadas quedas pelas tensões comerciais transatlânticas, ficou assente "uma grande coesão em torno de todos os Estados-membros [da UE], uma confiança naquilo que tem sido uma transparência e uma forma clara que a Comissão [Europeia] tem tido ao dialogar com os Estados-membros, mantendo-os claramente a par daquilo que é o processo negocial, [...] que é complexo e difícil".

João Rui Ferreira salientou que a UE tem também uma "grande preocupação" em ter "firmeza na negociação" com os Estados Unidos, preparando-se "para eventuais medidas que tenham de ser tomadas" para que a resposta comunitária "não prejudique as economias europeias e os países em particular".

Os ministros do Comércio da UE estiveram hoje reunidos, no Luxemburgo, para debater as atuais tensões comerciais, num dia em que as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

As principais bolsas europeias abriram hoje da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas em pânico com as consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Bolsas 'acordam' em pânico. Porquê? O que assusta os investidores?

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A 'culpa' é da  inflexibilidade de Donald Trump sobre as tarifas impostas aos parceiros comerciais dos EUA. Investidores temem que a guerra comercial poderá terminar com uma recessão da economia mundial.

Notícias ao Minuto com Lusa | 09:14 - 07/04/2025

As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que pune os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.

No entanto, a maioria dos economistas acredita que as tarifas ameaçam mergulhar a economia numa recessão e, ao mesmo tempo, destruir alianças de décadas.

A União Europeia está a preparar-se para tensões na relação com a nova administração de Donald Trump, especialmente em relação a tarifas comerciais, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a parceria transatlântica.

A Comissão Europeia detém a competência da política comercial na UE.

[Notícia atualizada às 14h33]

Leia Também: Comércio mundial: Bruxelas critica "mudança de paradigma" (e prepara-se)

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