Rede Viária de Moçambique anuncia retoma de cobrança de taxas na portagens

A Rede Viária de Moçambique (Revimo), responsável pela construção, conservação e exploração de várias estradas, anunciou hoje que vai retomar a cobrança de taxas nas portagens, suspensa devido aos protestos nos últimos meses.

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Lusa
17/04/2025 17:34 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Moçambique

A cobrança vai ser retomada de "forma gradual" a partir da segunda-feira, com descontos de 60% para usuários frequentes de viaturas ligeiras e 75% para o transporte semi-colectivo, indicou a Revimo em comunicado.

 

"O pagamento das taxas de portagem garante a manutenção das estradas para que esteja seguras e conservadas", lê-se no comunicado.

A Revimo anunciou, em 25 de janeiro, que retomaria a cobrança de taxas nas portagens no país, suspensas devido aos protestos pós-eleitorais.

O anúncio gerou revolta popular, com casos de bloqueio de estradas e vandalizações de portagens da Revimo.

Em 27 de janeiro, centenas de manifestantes ocuparam e bloquearam os acessos entre a portagem e a ponte de Katembe, com o trânsito de e para Maputo cortado por automobilistas, em contestação ao pagamento.

Também a sul-africana Trans African Concessions (TRAC), concessionária da estrada N4, que liga Maputo à fronteira de Ressano Garcia, retomou em 23 de janeiro a cobrança de portagens, causando igualmente revolta popular.

A retoma causou o bloqueio por manifestantes, em 29 de janeiro, dos acessos da N4 a Maputo, com protestos que levaram à vandalização de parte das instalações da TRAC, junto às portagens de Maputo, incluindo a destruição de duas viaturas.

Moçambique viveu, desde outubro, um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais de 09 de outubro, que deram vitória a Daniel Chapo.

Desde 21 outubro, o início destes protestos, pelo menos 388 pessoas morreram, incluindo cerca de duas dezenas de menores, de acordo com a Plataforma Decide, uma organização não-governamental moçambicana que acompanha os processos eleitorais.

O Governo moçambicano confirmou pelo menos 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.

Em 23 de março, o opositor Mondlane e Chapo, Presidente já empossado, encontraram-se pela primeira vez e foi assumido o compromisso de cessar a violência no país.

Leia Também: Polícia moçambicana diz que usou "meios legítimos" durante manifestações

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