China mantém taxa de juro de referência em 3,1% pelo 7.º mês consecutivo

O banco central da China anunciou hoje que vai manter a taxa de juro de referência a um ano (LPR, na sigla em inglês) em 3,1% pelo sétimo mês consecutivo, indo ao encontro das expectativas dos analistas.

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© Reuters

Lusa
21/04/2025 06:33 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

China

Na atualização mensal, o Banco Popular da China indicou que a LPR se manterá a esse nível pelo menos até daqui a um mês.

 

Este indicador, estabelecido como referência para as taxas de juro em 2019, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos -- geralmente destinados às empresas -- e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.

O indicador é calculado com base nas contribuições de preços de um conjunto de bancos -- incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a crédito malparado -- e tem como objetivo baixar os custos dos empréstimos e apoiar a "economia real".

A última redução foi em outubro, quando o banco central a reduziu em 25 pontos de base (ou 0,25 pontos percentuais), a partir de 3,35%.

O banco central também indicou hoje que a taxa de juro a mais de cinco anos -- referência para os empréstimos hipotecários -- permanecerá em 3,6%, também em conformidade com as previsões dos analistas. A última descida ocorreu em outubro, também em 25 pontos de base, de 3,85%.

Embora o Produto Interno Bruto tenha atingido o objetivo oficial ao crescer 5% em 2024, a situação económica ainda não convenceu Pequim nem os consumidores chineses.

As autoridades anunciaram em dezembro a primeira alteração da política monetária em 14 anos, passando de uma posição "cautelosa" para uma "moderadamente flexível", o que sugere um défice maior ou novas reduções das taxas de juro.

Apesar de uma conjuntura internacional "cada vez mais complexa", na sequência do regresso de Donald Trump à Casa Branca, as autoridades chinesas voltaram a fixar, em março último, um objetivo de crescimento económico de cerca de 5% até 2025, meta para a qual anunciaram medidas como o alargamento do défice ou uma política orçamental "mais pró-ativa" que permita um "apoio sustentado e mais eficaz".

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