Revisão de dados revê para 0,2% contração do PIB japonês no 1.º trimestre

A economia japonesa registou uma contração no primeiro trimestre do ano inferior à inicialmente estimada, devido à melhoria dos dados relativos ao consumo, embora o Banco do Japão se mantenha cauteloso.

Japan's GDP shrinks for the first time in a year

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Lusa
09/06/2025 06:09 ‧ há 8 horas por Lusa

Economia

Japão

O produto interno bruto (PIB) contraiu 0,2%, em termos homólogos, entre janeiro e março, informou hoje o Governo japonês, em comparação com um recuo de 0,7% nos dados preliminares.

 

Os economistas esperavam que o valor inicial se mantivesse.

O consumo privado subiu 0,1%, enquanto as despesas das empresas aumentaram 1,1%. As exportações líquidas registaram um recuo de 0,8%.

O governo japonês reviu ainda em baixa a estimativa do investimento público nos primeiros três meses de 2025, que, de acordo com os dados revistos de hoje, registou uma contração de 0,6%.

Os números revistos confirmaram que a quarta maior economia do mundo contraiu mesmo antes de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançar a sua guerra comercial contra o resto do mundo, em abril.

O banco central japonês afirmou que vai aguardar, por enquanto, para decidir mudanças na política monetária, particularmente depois de ter reduzido a previsão de crescimento para este ano, na última reunião de política.

Os funcionários do banco continuam cautelosos face ao impacto das tarifas, com o governador Kazuo Ueda a considerar as incertezas "extremamente elevadas". Na semana passada, Kazuo Ueda alertou para o facto de as tarifas poderem afetar a economia japonesa através de múltiplos canais, comprometendo-se a avaliar a evolução económica e dos preços com base num vasto conjunto de indicadores.

A maioria dos economistas espera que o banco central adie novas subidas das taxas, prevendo que não haverá alterações nos próximos meses. O Banco do Japão define a sua política a 17 de junho.

O Japão enfrenta uma taxa de 10% sobre os seus produtos, que aumentará para 24% no início de julho, se não houver um acordo comercial com Washington.

As taxas setoriais específicas estão a revelar-se especialmente pesadas, nomeadamente as tarifas de 25% sobre os automóveis e componentes, que estão a corroer as margens de lucro dos exportadores.

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