Numa altura em que se destaca a polémica das empresas e da queda do governo, Luís Montenegro esteve no 'Goucha', da TVI. Entre as partilhas e temas abordados, o primeiro-ministro acabou por falar da família e de como os entes queridos estão a lidar com esta fase.
"Francamente, com uma força que só me dá mais força", começou por responder Luís Montenegro após ser questionado por Manuel Luís Goucha.
"Admito que da minha mãe estou um bocadinho menos surpreendido porque ela é um poço de força, foi sempre", acrescentou.
"Ela não precisa de me falar muitas vezes para me transmitir essa força, mas as poucas em que fala, são suficientes. Foi uma mulher sempre muito trabalhadora, que sacrificou a carreira profissional dela para poder educar e acompanhar os três filhos. Não me esqueço disso e tento retribuir tudo aquilo que foi o sacrifício que ela teve com o melhor desempenho que posso ter. E hoje até posso confidenciar que a coisa mais bonita que ouvi na vida foi ela ter-me dito que se sentia recompensada pelo sacrifício que fez com a dedicação que eu estava a emprestar à nossa sociedade e ao nosso país. Isso para mim tem um grande valor", destacou, falando da mãe.
Em relação à mulher, Carla Montenegro, e aos filhos, afirmou que estes "têm sido, de facto, muito afetados". "Não é só ao longo desta última campanha, têm sido ao longo de uma vida inteira. Comecei muito novo e quando casei já estava nesta vida política", recordou.
"Neste período, acabei por partilhar com eles mais do que é costume. Sou um bocadinho solitário na forma de gerir a vida política, no sentido em que não gosto de levar para casa as minhas preocupações. [...] Eles já têm que ouvir tanta coisa sobre aquilo que o pai ou o marido fazem que ainda ir para casa discutir esses assuntos, às vezes, é um bocadinho exagero. Mas nestas últimas semanas não houve como fugir a isso. E eles também quiseram intervir, acrescentar pontos de vista e argumentos. Para minha grande surpresa. Eles estão com um nível de motivação elevadíssimo, o que me deu mais força porque podia ser por ali que eu podia sentir alguma pressão para poder ter algum desanimo, porque seria sempre muito difícil ver refletido neles o efeito de um ataque tão direcionado, tão injusto e com tanta falta de fundamento", partilhou.
Veja esta parte da conversa aqui.
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