A casa da família Abu Asr foi bombardeada hoje de manhã no bairro de Shujaiya, nos arredores sudeste da cidade de Gaza, o que provocou também dezenas de feridos, noticiou a agência Efe.
Na Cidade de Gaza, três pessoas foram também mortas em ataques no bairro de Tuffah, outras três na zona de Sanafour, e os corpos foram recuperados nas ruínas da casa da família Daya, no bairro de Sabra.
Na zona central do enclave, cinco pessoas morreram em ataques de artilharia contra a casa da família Al Hur, onde se refugiavam deslocados, no campo de Nuseirat; enquanto um outro ataque contra o apartamento da família Abu Samra em Deir al Balah, também na zona central, provocou a morte de dois irmãos.
Além disso, uma mulher e o seu filho morreram num ataque à sua tenda que albergava deslocados na "zona humanitária" de Mawasi, perto de Khan Younis, no sul da Faixa, entre outros incidentes com vítimas mortais.
Fontes palestinianas confirmaram intensos bombardeamentos aéreos sobre Jabalia e Beit Lahia, no âmbito da dura ofensiva israelita no norte da Faixa, que dura há mais de 40 dias e provocou mais de 2.000 mortos.
Israel voltou a atacar na madrugada de hoje o hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, ferindo seis membros do pessoal médico, além de destruir o gerador elétrico e os tanques de água, denunciou o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
"As forças de ocupação destruíram o gerador do pátio do hospital com um drone. Isto irá causar danos significativos, não temos alternativa de fornecimento de energia, da qual dependem todos os departamentos do hospital", destacou o diretor da unidade, Husan Abu Safiya.
Pelo menos 66 habitantes de Gaza morreram na quinta-feira e mais de uma centena ficaram feridos num bombardeamento israelita contra um edifício residencial perto do hospital Kamal Adwan.
O Exército israelita garantiu hoje que o ataque teve como alvo um batalhão do Hamas e que a operação matou cinco militantes, incluindo dois comandantes, que participaram nos ataques de 07 de outubro do movimento islamita contra Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
As forças israelitas indicaram também hoje que as suas tropas continuam a operar em Yabalia, onde encontraram numerosas "armadilhas explosivas" entre infraestruturas "terroristas" que estão a ser desmanteladas pela sua unidade de engenharia.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 44 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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