Maria Luís Albuquerque quer contrariar perda de competitividade da UE

A comissária europeia com a pasta dos Serviços Financeiros, União da Poupança e Investimento, Maria Luís Albuquerque, disse hoje que quer chegar ao final do mandato com a União Europeia (UE) a contrariar a perda de competitividade.

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Lusa
27/11/2024 16:29 ‧ há 3 horas por Lusa

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Questionada pelos jornalistas sobre os objetivos que traçou para as funções que vai iniciar no domingo, 01 de dezembro, Maria Luís Albuquerque respondeu que quer "conseguir neste mandato, no final dos cinco anos, uma situação muito mais favorável" na qual "seja mais fácil a interação entre quem precisa de financiamento e quem tem fundos para investir, dentro da Europa".

 

Só assim, frisou a comissária portuguesa, vai ser possível preservar a "riqueza, os postos de trabalho, os investidores de retalho, com a proteção adequada, mas com a rentabilidade de que precisam e merecem".

"Acho que talvez tenhamos melhores condições agora, há uma consciência mais clara da importância deste objetivo (...), o facto de a Europa estar a perder competitividade", prosseguiu.

Agora que há "consciência política" e que a "questão do financiamento é muito importante", Maria Luís Albuquerque traçou outros dois objetivos: conseguir avançar com a União do Mercado de Capitais e criar o espaço para que a UE recupere o atraso que tem em relação a economias como a norte-americana, a britânica ou a chinesa, e que consiga crescer.

Sobre o futuro presidente do Conselho Europeu, António Costa, que toma posse também no dia 01 de dezembro, Maria Luís Albuquerque disse esperar uma relação "muito boa", não só com aquela instituição, mas também com o Parlamento Europeu.

O Parlamento Europeu aprovou hoje -- com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções -- o novo colégio de comissários, novamente liderado pela alemã Ursula von der Leyen.

A aprovação surge após escrutínio parlamentar (incluindo audições aos comissários europeus indigitados) e intensas negociações nas últimas semanas entre centro-direita, socialistas e liberais para um acordo político sobre os sete nomes pendentes de um total de 26 comissários, alcançado há uma semana e para o qual foram cruciais várias cedências.

Ursula von der Leyen foi em julho passado reeleita para o cargo de presidente da Comissão Europeia, que desempenhará novamente a partir de 01 de dezembro num segundo mandato de cinco anos.

O seu próximo executivo comunitário é composto por 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% de mulheres e de 60% de homens), uma das quais a comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, que vai ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.

Num contexto de tensões geopolíticas (devido à guerra na Ucrânia causa pela invasão russa e de conflitos no Médio Oriente), de concorrência face aos Estados Unidos e China e de transição na política norte-americana, Von der Leyen quer, nos próximos cinco anos, apostar na competitividade económica comunitária, nomeadamente ao nível da inovação, da descarbonização e da segurança.

Leia Também: Criação de um mercado único europeu "é no interesse de todos"

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