Indulto de Biden ao filho é uma decisão rara para um presidente dos EUA

O perdão concedido por Joe Biden ao seu filho, Hunter, constitui um dos raros casos em que um presidente norte-americano exerceu este poder constitucional em benefício de um membro da sua família.

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© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images

Lusa
03/12/2024 06:15 ‧ ontem por Lusa

Mundo

EUA

Os presidentes norte-americanos decretam centenas de indultos ou comutações de penas, registando-se uma aceleração no final do seu mandato de quatro anos.

 

Mas a decisão de Joe Biden a favor do seu filho divulgada ontem, antes da sentença em dois casos separados, é apenas a terceira na história recente dos Estados Unidos a beneficiar um membro da família presidencial.

"Nenhuma pessoa razoável que analise os factos nos casos Hunter pode chegar a qualquer outra conclusão para além desta: Hunter foi visado apenas porque é meu filho", frisou o presidente democrata cessante.

Segundo o próprio, o seu filho, condenado por posse ilegal de arma de fogo e evasão fiscal, é vítima de "erro judicial".

O seu antecessor e futuro sucessor, o republicano Donald Trump, também perdoou, em dezembro de 2020, o pai do seu genro e conselheiro Jared Kushner, Charles Kushner, condenado em 2004 a dois anos de prisão por peculato fiscal.

Recentemente, anunciou a sua intenção de o nomear para o prestigiado cargo de embaixador em Paris.

"Porque é que o presidente Biden não perdoou Hunter no ano passado antes de o nomear embaixador em Paris?", sublinhou, com ironia, Richard Painter, alto funcionário jurídico da Casa Branca na administração de George W. Bush, nas redes sociais.

O antecessor democrata deste último, Bill Clinton, perdoou, em 2001, o seu meio-irmão Roger Clinton, condenado por posse de cocaína em 1985, no último dia do seu mandato.

No caso de Roger Clinton e Charles Kushner, ambos os homens tinham cumprido as suas penas de prisão no momento do perdão presidencial.

Leia Também: "Nunca darei por garantida a clemência que me foi dada", diz Hunter Biden

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