O CEO do banco japonês Nomura, Kentaro Okuda, cortou 30% do próprio salário depois de um ex-funcionário do banco ter sido acusado de roubo, tentativa de homicídio e fogo posto contra um casal de clientes da instituição bancária.
O jovem, de 29 anos, terá roubado dinheiro e incendiado a casa dos clientes depois de os ter visitado, a 28 de julho desde ano. Uma semana depois, a 4 de agosto, foi despedido e acabou detido a 30 de outubro.
Num comunicado, Nomura pediu desculpa às vítimas e anunciou que o seu diretor-executivo abdicará, voluntariamente, de 30% do seu salário durante três meses. Nove outros diretores do banco vão devolver entre 20% a 30% dos seus salários durante o mesmo período.
"Gostaríamos de pedir desculpa aos nossos clientes que foram afetados por este incidente. Pedimos igualmente desculpa a todos os que foram afetados pelos problemas que este incidente está a causar", pode ler-se no comunicado do banco, citado pela BBC.
O ex-funcionário acusado trabalhava na sucursal do Nomura em Hiroshima e prestava aconselhamento aos clientes, individuais e empresas, em matéria de gestão de ativos.
Agora, o banco vai adotar "medidas mais rigorosas e eficazes" para garantir que os clientes "se sentem confiantes ao utilizar" os serviços. Entre essas medidas está o acompanhamento, por parte dos gestores, aos funcionários que tiverem de se deslocar a casa dos clientes, bem como durante as conversas telefónicas.
O Nomura é um dos maiores bancos do Japão, operando em cerca de 30 países. Dedica-se à gestão de património e de investimentos.
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