Número de mortes provocadas pelas chuvas no Uganda sobe para 28

O número de mortos causado por um deslizamento de terras provocado pelas chuvas torrenciais que atingiram o distrito de Bulambuli, no Uganda, na quarta-feira, subiu de 20 para 28, avançou a polícia.

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© CHARLES NAMBASI/AFP via Getty Images

Lusa
03/12/2024 17:12 ‧ há 15 horas por Lusa

Mundo

Uganda

"O número de vítimas cujos corpos foram recuperados até à data é de 28 (...). As buscas prosseguem, com equipas conjuntas das forças de segurança, da comunidade local, do gabinete do primeiro-ministro e da Cruz Vermelha a trabalharem incansavelmente para localizar mais corpos", afirmou a polícia na rede social X, noticiaram hoje os meios de comunicação locais.

 

A polícia adiantou que entre as últimas seis vítimas encontradas estavam quatro crianças: uma de um ano e meio, duas de três anos e uma de cinco.

"Os nossos pensamentos estão com as famílias e os entes queridos das vítimas", acrescentaram as forças de segurança.

De acordo com a Cruz Vermelha do Uganda, no sábado, um total de 750 pessoas tiveram de abandonar as suas casas devido a derrocadas e 22 ficaram feridas, tendo sido levadas para o hospital.

O deslizamento de terras afetou as aldeias de Masugu, Namachele, Natola, Nmagugu e Tagalu, localizadas numa zona próxima da fronteira com o Quénia, embora a polícia tenha dito que os últimos mortos eram residentes da primeira destas aldeias.

Em imagens partilhadas pela Cruz Vermelha e pelas autoridades ugandesas nas redes sociais, é possível ver uma enorme torrente de água com um veículo preso, bem como equipas de salvamento a trabalhar na zona onde ocorreu o deslizamento de terras, onde as árvores foram arrancadas, as casas foram arrastadas e grandes quantidades de lama dificultam a circulação.

Do outro lado da fronteira do Uganda com o Quénia, os condados quenianos ocidentais de Kisumu e Busia foram também atingidos na semana passada por fortes inundações causadas por chuvas torrenciais, que causaram a morte a pelo menos 12 pessoas e obrigaram 3.970 famílias a abandonar as suas casas, confirmou hoje o governo queniano.

A África Oriental já foi atingida por fortes chuvas no primeiro semestre de 2024, durante a longa estação chuvosa, que ocorre habitualmente entre março a maio, e que este ano foi agravada pelo fenómeno El Niño, uma alteração da dinâmica atmosférica provocada pelo aumento da temperatura do Oceano Pacífico.

Em maio, a ONU informou que, pelo menos 473 pessoas tinham morrido, 410.350 estavam deslocadas e 1,6 milhões afetadas pelas chuvas torrenciais e inundações, que atingiram, além do Quénia e do Uganda, outros países da África Oriental como a Tanzânia, a Somália, a Etiópia e o Burundi.

A 29 de novembro, segundo um balanço provisório publicado pela Cruz Vermelha, havia 20 mortes resultantes dos deslizamentos de terras no Uganda.

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