Investigação afasta interferência estrangeira no parlamento do Canadá

Uma investigação à interferência estrangeira no Canadá não detetou indícios que apontem para a existência de agentes estrangeiros no parlamento do país e que as instituições nacionais permanecem robustas, mas alertou para os perigos da desinformação.

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Lusa
28/01/2025 23:57 ‧ ontem por Lusa

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O relatório final do inquérito à interferência estrangeira no Canadá "não encontrou indícios de traição" no parlamento do Canadá, mas a comissária responsável, Marie-Josée Hogue, sinalizou que um dos maiores perigos para a democracia ocorre quando atores estrangeiros plantam desinformação na comunicação social tradicional e nas redes sociais.

 

"Distinguir o que é falso está a tornar-se cada vez mais difícil e as consequências são extraordinariamente prejudiciais", disse Hogue num encontro com jornalistas em Otava e em que não respondeu a perguntas.

O Governo do Canadá tinha estabelecido a investigação em setembro de 2023, pretendendo debruçar-se sobre uma potencial interferência de países como China ou Rússia nas eleições federais de 2019 e 2021, que reelegeram os liberais do primeiro-ministro, Justin Trudeau.

Agora, o relatório final criticou o Governo federal pela resposta lenta à interferência e que "a coordenação entre os vários atores envolvidos não foi sempre ideal", noticia a Associated Press (AP).

A investigação apresenta 51 recomendações para o executivo e sugere que quase metade destas deve ser considerada antes das próximas eleições.

A publicação da investigação ocorre num momento em que os liberais selecionam um novo líder para suceder a Trudeau, que anunciou a sua demissão em 06 de janeiro e que continuará à frente do Canadá até 09 de março.

O seu sucessor poderá, no entanto, ter o mandato mais curto da história do país, uma vez que os três partidos da oposição anunciaram que pretendem derrubar o Governo minoritário através de uma moção de censura na reabertura das atividades parlamentares, em 24 de março.

Entre as recomendações, o relatório sugere melhorias da preparação federal, a promoção da transparência, o reforço da integridade eleitoral e o combate a ameaças contra as comunidades da diáspora.

Há ainda o apelo para a criação de uma entidade que monitorize informação falsa ou manipulada na internet que possa ter impacto no processo democrático.

Os autores do estudo pedem também ao executivo federal para desenvolver uma estratégia global para a interferência estrangeira.

No ano passado, o parlamento canadiano aprovou legislação para reforçar as defesas do país contra a interferência estrangeira.

Leia Também: Canadá intensifica contactos com Europa para responder a tarifas dos EUA

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