Pela Turquia, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, garantiu que o país quer contribuir para "reconstruir a arquitetura de segurança da Europa".
Citado pela Agência Anadolu, o governante notou que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, "tem uma grande visão e uma grande vontade de a implementar", anunciando ainda que os participantes na cimeira de Londres concordaram em reunir-se com mais frequência, "não de seis em seis meses ou de dois em dois meses, mas de duas em duas ou de três em três semanas".
Erdogan tem uma boa relação com o Presidente russo, Vladimir Putin, e a Turquia, membro da NATO, não aplicou as sanções da UE contra a Rússia. Simultaneamente Ancara tem defendido uma solução pacífica para a guerra na Ucrânia que respeite a "soberania e integridade territorial" do país, incluindo a Crimeia.
O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, apoia todos os esforços de paz na Ucrânia, mas escusou-se a comentar pontos específicos do plano de paz anunciado pelo primeiro-ministro britânico.
Sem fazer declarações após a reunião, o governante garantiu nas redes sociais que a Espanha continuará a trabalhar com os seus aliados para construir a paz justa e duradoura de que a Ucrânia necessita.
O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, pediu uma Europa "unida" em relação à Ucrânia e com "maior responsabilidade" pela sua própria segurança, incluindo o reforço da defesa.
"Uma Ucrânia segura é do interesse de toda a Europa, incluindo os Países Baixos. É por isso que uma Europa unida é mais importante do que nunca. Temos de desempenhar um papel mais importante para garantir a segurança no nosso continente", defendeu nas redes sociais.
Esta abordagem assenta em três pilares, acrescentou, enumerando inicialmente "o apoio contínuo à Ucrânia, permitindo que o país negoceie a partir da posição mais forte possível e, assim, consiga uma paz duradoura".
Em segundo lugar, Schoof afirmou que "é necessário um plano europeu de garantias de segurança sólidas para proteger o continente - incluindo a Ucrânia - e impedir futuras agressões russas".
E, em terceiro lugar, "a Europa deve assumir uma maior responsabilidade pela sua própria segurança, nomeadamente através do reforço da defesa europeia".
O primeiro-ministro dos Países Baixos considerou que "as boas relações transatlânticas também são indispensáveis" e que deve haver trabalho em conjunto.
Pela Noruega, o chefe do governo, Jonas Gahr Støre, garantiu que a Europa está pronta para dar um apoio "mais forte e coordenado" à Ucrânia contra a Rússia, cujo conflito entrou em fevereiro no seu terceiro ano.
"Nunca vimos uma cooperação tão profunda entre os países europeus", acrescentou à agência noticiosa norueguesa NTB, acrescentando que após a reunião de Londres "existe um amplo acordo para trabalhar no sentido de manter os Estados Unidos envolvidos na paz na Europa", apesar das diferenças que possam separar os lados.
A reunião internacional em Londres, que contou com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ganhou particular significado após a discussão do chefe de Estado ucraniano, na sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e o seu vice-presidente, JD Vance.
"É muito importante que os Estados Unidos estejam envolvidos. Todos concordamos com isso. Vamos encontrar o caminho com os Estados Unidos", insistiu Støre.
A reunião de Londres, promovida pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, contou com a presença de vários líderes internacionais, dos presidentes do Conselho e da Comissão, António Costa e Ursula von der Leyen, respetivamente, do secretário-geral da NATO, Mark Rutte e do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, além do líder ucraniano.
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