O ataque ocorreu por volta das 18h30 locais (14h30 em Lisboa) de terça-feira e teve como objetivo uma unidade militar no distrito de Bannu, região de Khyber Pakhtunkhwa.
O ataque foi reivindicado pelo grupo Jaish Al-Fursan, ligado aos talibãs paquistaneses, numa declaração em que afirmou ter matado 12 elementos das forças de segurança.
Durante o assalto, os atacantes fizeram explodir dois veículos armadilhados para destruírem o muro exterior da base militar, após o que se seguiu um confronto com as forças de segurança, informou hoje o gabinete de imprensa do Exército.
De acordo com um comunicado militar, dezasseis atacantes foram mortos na sequência da explosão e dos confrontos que se seguiram.
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— Berojjjjj Maseed️ (@AmanullahM18978) March 4, 2025
A Pakistani military base in Pakhtunkhwa has been attacked by Pashtun freedom fighters. Apparently locals have stated the base has been damaged severely with many casualties from the Punjab regiment of the Pakistani army.#Pakarmy #Afghanistan #Taliban pic.twitter.com/82nvjZjvlN
O mesmo documento indica que morreram cinco soldados paquistaneses.
Segundo o Exército, as explosões provocaram o desmoronamento parcial do muro exterior da base, danificando casas e uma mesquita no exterior, provocando a morte de 13 civis e ferindo 32 pessoas.
O Ministério do Interior do Paquistão expressou as condolências às famílias dos mortos acrescentando "que seis terroristas foram mortos no ataque".
A base militar de Bannu foi alvo de uma tentativa de ataque semelhante em julho do ano passado.
No ataque de 2024 morreram oito soldados paquistaneses e dez atacantes sendo que Exército atribuiu a ação armada a um outro grupo também ligado aos talibãs paquistaneses.
A zona de Khyber Pakhtunkhwa faz fronteira com o Afeganistão juntamente com a província do Baluchistão, que também faz fronteira com o território afegão, uma das zonas mais problemáticas do Paquistão.
Nos últimos anos registou-se um aumento da violência, especialmente desde que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão, em agosto de 2021.
De acordo com o último relatório anual do Centro de Investigação e Estudos de Segurança do Paquistão, pelo menos 685 membros das forças de segurança foram mortos em 444 ataques em 2024.
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