"Isso significaria não uma participação híbrida, mas oficial e indisfarçável dos países da Aliança Atlântica na guerra contra a Rússia. Não podemos permitir que isso aconteça", disse o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo do Zimbabué, Amon Murwira.
Lavrov afirmou que, independentemente da bandeira que as tropas destacadas na Ucrânia utilizem são ser sempre forças da NATO.
"Não ficaremos de braços cruzados", frisou.
De acordo com Lavrov, não há espaço para compromissos sobre a questão do envio de tropas ocidentais para a Ucrânia considerando que a discussão está a ser conduzida com um objetivo hostil.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, anexando a Península da Crimeia, e em 2022 executou uma invasão de grande escala contra Kiev.
Na quarta-feira, o Presidente francês Emmanuel Macron disse que a Europa deve rearmar-se face à "ameaça russa" e às dúvidas sobre o compromisso dos Estados Unidos com a segurança do continente.
O Presidente francês reiterou também o plano de enviar tropas europeias para a Ucrânia.
Respondendo diretamente às posições francesas, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, disse que a retórica do Presidente francês Emmanuel Macron é uma ameaça para a Rússia.
"(Macron) diz que é necessário utilizar armas nucleares e preparar-se para a sua utilização contra a Rússia. Isso, logicamente, é uma ameaça", declarou Lavrov na mesma conferência de imprensa.
Na quarta-feira, Macron disse que estava aberto a alargar a proteção nuclear da França aos aliados europeus face à ameaça russa e apelou a um debate estratégico sobre a questão.
Macron afirmou que a Rússia é uma ameaça para a França e para a Europa.
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