Um relatório publicado pela organização não-governamental ActionAid e pela fundação Openpolis concluiu que 12.169 pessoas acolhidas num centro SAI no final de 2023 eram naturais de um dos 19 países listados como seguros ao abrigo da medida aprovada pelo governo, ou seja, 39,3% do total.
"A maioria dos pedidos de asilo apresentados por pessoas oriundas de países considerados 'seguros' é rejeitada, embora nem sempre seja esse o caso", segundo o estudo, que nota que "estes não são territórios totalmente seguros".
No documento argumenta-se ainda que os países não são necessariamente seguros "para toda a gente", enumerando que o número de migrantes menores de idade alojados em centros para menores não acompanhados (MSNA) em 2023 tinha aumentado 63,9%.
Foram registados 1.773 menores (26% de todos os acolhidos pelo sistema), "um número significativo se considerarmos que o número em 2020 era de apenas 48 menores (1,5% de todos os migrantes acolhidos)".
O inquérito também indicou que um número crescente de mulheres está a manter-se em centros SAI por longos períodos de tempo.
Entre 2014 e 2023, a presença de mulheres nos centros SAI quintuplicou, enquanto a presença de homens não chegou a duplicar, de acordo com o mesmo relatório.
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