"Assim que o Shin Bet começou a investigar o seu executivo, Netanyahu decidiu despedir Ronen Bar num procedimento precipitado e ilegal, e com um claro conflito de interesses", justificou Lapid em declarações divulgadas pelo seu gabinete.
"Em conjunto com os líderes dos partidos da oposição, vamos apresentar uma petição no Supremo Tribunal contra estas demissões", acrescentou o dirigente da oposição.
Netanyahu anunciou no domingo que o Governo vai votar esta semana a demissão de Bar, apenas três semanas depois de a Procuradoria israelita ter ordenado ao Shin Bet que investigasse alegadas ligações entre vários funcionários do gabinete do primeiro-ministro e autoridades do Qatar, num escândalo conhecido como "Qatargate".
Nos seus comentários, feitos no início da reunião semanal do seu partido no parlamento, Lapid deixou claro que a tentativa de demitir Bar "é motivada por um único motivo: a investigação 'Qatargate'".
Netanyahu defendeu, numa mensagem vídeo em hebraico, que a sua decisão de despedir Bar ocorreu depois de ter perdido a sua confiança no responsável.
"O dever de confiança do diretor do Shin Bet é, antes de mais, para com os cidadãos de Israel. A expectativa de lealdade pessoal do primeiro-ministro é fundamentalmente errónea e diretamente contrária à lei do Shin Bet", respondeu Bar numa longa declaração, noticiada pela imprensa israelita.
Leia Também: Exército israelita mata uma pessoa em ataque no sul do Líbano