"O que é claro é que as nossas relações comerciais e de segurança estão demasiado centradas nos Estados Unidos. Precisamos de diversificar", afirmou Carney numa conferência de imprensa após as conversações com o seu homólogo britânico Keir Starmer.
Mark Carney está de visita ao Reino Unido depois de uma viagem a França.
Esta é a segunda visita oficial internacional do novo primeiro-ministro (de 16 a 18 de março) desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro na passada sexta-feira.
Em Paris, o primeiro-ministro canadiano garantiu que o país quer reforçar os laços com "aliados fiáveis como a França", numa altura em que o Canadá está sob pressão comercial dos Estados Unidos e com repetidas ameaças de anexação por parte do presidente norte-americano, Donald Trump.
"O Canadá vai estar sempre presente para garantir a segurança e os laços comerciais da Europa", afirmou o chefe de Governo canadiano, acrescentando que os dois países são "a favor da soberania e da segurança".
No primeiro discurso oficial, Carney garantiu que o Canadá "nunca fará parte dos Estados Unidos", mas mostra-se disposto a conversar com o líder dos Estados Unidos, após a implementação de tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio do Canadá e a ameaça com tarifas mais abrangentes nos produtos canadianos a partir de 02 de abril.
Antes desta visita, o primeiro-ministro canadiano discutiu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre o plano de rearmamento europeu e "o papel do Canadá no reforço da defesa nacional e internacional", bem como o futuro do comércio entre o Canadá e a UE, face à nova liderança dos Estados Unidos.
O Canadá e a UE têm-se aproximado face à turbulência nas relações transatlânticas provocada pela mudança de posição de Trump em relação à Ucrânia e em questões comerciais, incluindo a implementação de tarifas aduaneiras.
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