Pequim saúda esforços para cessar-fogo após chamada entre Trump e Putin

A China saudou hoje "todos os esforços" para alcançar um cessar-fogo na Ucrânia, um dia depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter contactado o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

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© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
19/03/2025 08:27 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Desde o início da crise, a China tem defendido a resolução do conflito através do diálogo e das negociações. Apoiamos todos os esforços para alcançar um cessar-fogo, pois acreditamos que este é um passo necessário para a paz", disse hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, quando questionada sobre a conversa entre os líderes dos EUA e da Rússia.

 

Quanto aos relatos sobre o alegado envolvimento de empresas chinesas em atividades extrativas em território ucraniano ocupado pela Rússia, Mao Ning disse "não ter conhecimento dos pormenores específicos mencionados".

"No entanto, a posição da China sobre a crise na Ucrânia tem sido sempre consistente e clara. Os quatro pontos propostos pelo Presidente [chinês] Xi Jinping continuam a ser a nossa linha de orientação fundamental para abordar a questão", acrescentou.

A Casa Branca e o Kremlin informaram na terça-feira sobre o telefonema entre Trump e Putin, no qual o líder russo concordou em suspender temporariamente os ataques às infraestruturas energéticas ucranianas enquanto Washington e Moscovo exploram negociações técnicas para um cessar-fogo marítimo no Mar Negro e, eventualmente, uma paz permanente.

O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, afirmou que "Putin rejeitou na prática a proposta de um cessar-fogo global" e denunciou os contínuos ataques da Rússia à Ucrânia.

Desde o início da invasão, a China tem defendido o respeito pela "soberania e integridade territorial de todos os países", em referência à Ucrânia, ao mesmo tempo que apela a que sejam tidas em conta as "preocupações legítimas de todas as partes", em referência à Rússia.

Pequim opôs-se às sanções unilaterais contra Moscovo e apelou a um processo de paz que respeite o equilíbrio entre a segurança europeia e a estabilidade global.

Neste contexto, a China tem mantido uma relação estreita com a Rússia, com um aumento do comércio bilateral e uma postura diplomática que tem sido criticada pelo Ocidente, que acusa Pequim de fornecer peças-chave para a indústria militar russa, algo que o Governo chinês nega.

No domingo, terá lugar em Jeddah, na Arábia Saudita, uma nova ronda de conversações liderada pelos EUA, com a presença de delegações russas e norte-americanas, enquanto a Ucrânia deverá decidir a sua participação nos próximos dias.

Leia Também: A chamada, a trégua e os ataques. "Jogo" de Putin é "enfraquecer" Kyiv?

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