"Esta é a nossa ponta de lança. Penetramos, desequilibramos o inimigo terrorista e lidamos com ele", frisou o governante sobre esta conhecida unidade militar, que realiza regularmente operações contra indivíduos procurados em território palestiniano.
"Porque enquanto travamos uma guerra feroz contra o Hamas na Faixa de Gaza, estamos conscientes da possibilidade de uma frente maior e mais poderosa se abrir aqui na Judeia e Samaria (o nome bíblico que os israelitas usam para a Cisjordânia)", frisou.
As declarações do primeiro-ministro israelita foram feitas depois de os militares terem anunciado na terça-feira a expansão do seu enorme ataque antiterrorismo no norte da Cisjordânia para Nablus, uma das principais cidades do enclave.
Desde então, as tropas têm operado nos campos de refugiados de Al Ain, Balata e Askar, de acordo com a agência de notícias oficial palestiniana, Wafa.
A visita de Netanyahu à Cisjordânia acontece numa altura em que os militares continuam também a sua operação "Muro de Ferro" no norte, nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Nur Shams, onde mais de 50 pessoas (17 delas crianças) morreram até 09 de março, de acordo com o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Cerca de 35.000 palestinianos continuam deslocados por esta operação, informou o OCHA.
Israel retomou a campanha de bombardeamentos na Faixa de Gaza na segunda-feira à noite, após uma trégua de quase dois meses, iniciada em 19 de janeiro.
Durante a trégua, o grupo extremista que governa a Faixa de Gaza desde 2007 trocou reféns israelitas por palestinianos detidos em Israel.
A trégua devia ter sido seguida de uma nova fase, mas as duas partes não chegaram a um acordo sobre os respetivos termos.
A ofensiva israelita em Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas em Israel, em 09 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos de 250 reféns que foram levados para Gaza.
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