"Em apoio do povo palestiniano oprimido e em resposta aos massacres cometidos pelo inimigo sionista criminoso contra os nossos irmãos na Faixa de Gaza, as forças armadas iemenitas [Huthis] atacaram o Aeroporto Ben Gurion, na região ocupada de Jaffa, com um míssil balístico hipersónico 'Palestina 2'", afirmou o porta-voz militar, Yahya Sarea, numa declaração televisiva.
Embora o Exército israelita tenha informado que intercetou o míssil, Sarea afirmou que "a operação atingiu o seu objetivo com sucesso", alegando que o ataque "resultou na suspensão do tráfego aéreo no aeroporto por mais de meia hora".
Em comunicado, as forças israelitas indicaram que neutralizaram o projétil lançado do Iémen antes de atingir o seu território, acionando as sirenes de ataque aéreo em grande parte do país.
Esta é a quarta vez que Israel interceta um míssil disparado pelos huthis desde que retomou a sua ofensiva na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas.
O grupo rebelde iemenita, apoiado pelo Irão, justifica que as suas operações militares são também um "resposta à agressão dos Estados Unidos", que lançaram dezenas de ataques contra o seu país.
"Com confiança em Deus, [os huthis] continuarão a enfrentar esta agressão brutal e criminosa e responderão corajosamente à escalada com outra escalada" e continuarão "a apoiar o povo palestiniano oprimido", disse ainda o seu porta-voz militar.
No sábado, foi divulgado que o Governo norte-americano vai enviar o porta-aviões Carl Vinson para o Médio Oriente para reforçar as operações contra o grupo iemeita, atualmente liderada por outro porta-aviões, o Harry S. Truman, cuja mobilização será prolongada por um mês.
Fontes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmaram ao 'site' Politico a decisão tomada pelo atual Secretário da Defesa, Pete Hegseth.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o início de uma "ação militar decisiva e enérgica" contra os huthis, retaliação pela sua campanha de ataques a navios no Mar Vermelho, e disse que iria responsabilizar o Irão por cada novo ataque dos rebeldes.
Os huthis, que controlam a capital e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados ao país com 'drones' e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, alegando agir em solidariedade com o Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
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