"A China vai ter de desempenhar um papel [na venda das operações norte-americanas do TikTok], pode ter de o aprovar e, se o fizer, talvez eu lhes dê uma pequena redução de tarifas alfandegárias", disse o Presidente norte-americano na Casa Branca.
Trump falava na cerimónia de assinatura de uma ordem executiva para aplicação de tarifas de 25 por cento sobre todas as importações automóveis.
O Presidente norte-americano já impôs tarifas de 20% sobre todas as importações da China e de 25% às do México e do Canadá.
A justiça norte-americana está a obrigar a rede social TikTok a dissociar-se da empresa-mãe, com sede na China, como condição para operar no país, devido a suspeitas de que os dados recolhidos pela mesma são disponibilizados às autoridades chinesas.
Trump afirmou este mês que há quatro empresas interessadas no TikTok.
"Estamos em contacto com quatro grupos diferentes, há muitas pessoas que querem [o TikTok] e depende de mim", disse o Presidente norte-americano.
A imprensa norte-americana tem colocado entre os interessados Elon Musk, fundador da marca de automóveis Tesla, e a Microsoft.
"Todos os quatro [grupos] são bons", limitou-se a dizer Trump.
Em 21 de janeiro, um dia depois de regressar à Casa Branca, Trump assinou uma extensão de 75 dias sobre a implementação de uma lei aprovada pelo ex-Presidente Joe Biden proibindo o TikTok de operar nos EUA por razões de segurança nacional, a menos que se separe da empresa-mãe, a chinesa ByteDance.
No início de fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva a dar instruções aos Departamentos do Tesouro e do Comércio para criarem um "fundo soberano" que poderia adquirir o TikTok.
A ByteDance lançou o Douyin, a aplicação chinesa original do TikTok, em 2016. Depois do êxito na China, criou, em 2017, uma versão global, o TikTok, que se tornou um fenómeno sem precedentes para uma aplicação chinesa, ultrapassando gigantes como as redes sociais Facebook e Instagram em velocidade de crescimento.
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