Num comunicado, o exército declarou ter "identificado o local de lançamento de foguetes na zona de Qaaqaiyat al-Jisr", que se situa na margem norte do rio Litani, área de onde o Hezbollah deve retirar-se, a 30 quilómetros da fronteira israelita.
As forças armadas libanesas acrescentaram que abriram "um inquérito para determinar os autores dos disparos", que não foram reivindicados.
O comunicado surge depois de o primeiro-ministro libanês ter pedido hoje para se prenderem os responsáveis pelo lançamento de foguetes de artilharia contra Israel.
O chefe do Governo de Beirute, Nawaf Salam, tinha pedido o comandante-chefe do Exército libanês, Rodolphe Haykal para atuar rapidamente no sentido de identificar os autores do ato "irresponsável de disparo de foguetes de artilharia".
Salam referiu ainda que os disparos efetuados contra Israel ameaçam a segurança e a estabilidade do Líbano.
O ataque de retaliação de Israel visou uma zona residencial nos subúrbios do sul de Beirute, pela primeira vez desde a entrada em vigor, a 27 de novembro de 2024, do cessar-fogo entre o grupo Hezbollah (Partido de Deus) e Israel.
De acordo com a agência de notícias oficial libanesa ANI, o ataque a um bairro densamente povoado e com escolas ocorreu pouco depois de o Exército israelita ter apelado à retirada da população da zona, na sequência dos disparos do início da manhã.
O aviso do Exército israelita provocou o pânico entre a população da zona, considerada reduto do Hezbollah.
Desde o início do cessar-fogo que pôs fim a dois meses de guerra aberta entre o Exército israelita e o movimento libanês apoiado pelo Irão é a segunda vez que são disparados foguetes do Líbano para Israel. O primeiro ataque ocorreu no dia 22 de março.
O Hezbollah negou estar na origem destes disparos e afirmou estar a respeitar o cessar-fogo.
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