Líder supremo do Irão avisa que o país vai retaliar caso seja atacado

O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, avisou hoje que o Irão vai retaliar com força se for atacado por causa do programa nuclear.

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Lusa
31/03/2025 09:32 ‧ há 2 dias por Lusa

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Irão

Ali Khamenei disse que o Irão vai responder de forma firme em caso de danos contra o país, mas não fez qualquer referência às recentes ameaças do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump.

 

O líder supremo do Irão falou durante um discurso em Teerão que assinalou hoje o fim do Ramadão.

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão considerou hoje uma afronta chocante a ameaça do Presidente dos Estados Unidos, que admitiu bombardear o Irão se não for alcançado um acordo sobre o programa nuclear.

"Uma ameaça aberta de bombardeamento por um chefe de Estado contra o Irão é uma afronta chocante à própria essência da paz e segurança internacionais", disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, através das redes sociais.

Numa entrevista à cadeia norte-americana NBC, Donald Trump reiterou que podem ocorrer bombardeamentos caso não se verifique um acordo sobre a questão nuclear iraniana.

"Se não assinarem um acordo haverá bombardeamentos", disse Trump referindo-se ao Irão.

Os países europeus, Israel e os Estados Unidos acusam Teerão de desenvolver armas nucleares.

O Irão rejeita as alegações e afirma que o programa nuclear existe apenas para fins civis, em especial para fins energéticos.

Em 2015, o país assinou um acordo com os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (República Popular da China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido) e a Alemanha para regular as atividades relativas à energia nuclear.

Em 2018, durante o primeiro mandato como chefe de Estado, Donald Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo e restabeleceu a imposição de sanções.

Desde o regresso à Presidência, em janeiro, Trump afirmou estar disposto ao diálogo com Teerão, tendo escrito uma carta nesse sentido aos dirigentes iranianos.

O Irão disse na quinta-feira passada que tinha respondido à mensagem de Washington através do Sultanato de Omã.

Ao mesmo tempo, Donald Trump intensificou a política de "pressão máxima" contra Teerão, impondo sanções adicionais para reduzir a zero as exportações de petróleo e outras fontes de rendimento, ameaçando com uma ação militar se o Irão recusar manter conversações.

O Presidente norte-americano também advertiu o Irão contra o apoio aos rebeldes huthi no Iémen, contra os quais Washington realizou ataques nas últimas semanas.

"Cada tiro disparado pelos huthis vai ser considerado como um tiro disparado pelas armas iranianas e pelos dirigentes iranianos, e o Irão vai ser responsabilizado e vai sofrer as consequências", que podem ser terríveis, escreveu recentemente Donald Trump nas redes sociais.

O Irão e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1980 mas os dois países trocam informações de forma indireta através da embaixada suíça em Teerão, que representa os interesses norte-americanos no Irão.

O sultanato de Omã também desempenhou um papel de mediador no passado assim como o Qatar.

O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, reiterou no domingo que o Irão não aceita negociar com os Estados Unidos, sob ameaça.

Leia Também: Primeiro-ministro garante que "EUA não irão ficar com a Gronelândia"

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