Um homem de 70 anos atropelou um contra-manifestante de 49 anos, no protesto à Tesla que decorreu no estado norte-americano do Idaho, no sábado.
Cerca de 30 pessoas participaram na manifestação, que aconteceu à porta de um concessionário em Meridian. O encontro atraiu um contra-protesto de cerca de 200 pessoas, segundo disse o Departamento de Polícia de Meridian, num comunicado citado pela ABC News.
Quando o homem de 49 anos, que foi identificado como contra-manifestante, chegou ao local, Christopher Talbot dirigiu-lhe um "gesto obsceno" e atropelou-o, de acordo com aquele meio.
A vítima sofreu ferimentos que não colocaram a sua vida em risco e deu entrada numa unidade hospitalar pelos seus próprios meios.
"Os testemunhos indicam que a vítima estava a conduzir uma carrinha com bandeiras pró-Trump e tinha acabado de estacionar e sair do seu veículo quando Talbot o atingiu com o seu carro", revelaram as autoridades.
A polícia fez uso da matrícula do veículo de Talbot para encontrar sua casa, onde o deteve. O idoso foi acusado de agressão agravada, de acordo com o Gabinete do Xerife do Condado de Ada.
A campanha, organizada pelo movimento 'Tesla Takedown', apela ao público para que deixe de comprar carros da Tesla e desinvista nas ações, a fim de pressionar o conselheiro do presidente norte-americano, Donald Trump, que criticam pelos seus cortes controversos enquanto chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do Governo de Washington.
Neste departamento da administração norte-americana, Elon Musk acedeu a dados sensíveis e encerrou agências inteiras, além de ter cortado drasticamente o funcionamento de outras, alegando a intenção de reduzir as despesas do executivo.
A maior parte da fortuna do homem mais rico do mundo, estimada em 340 mil milhões de dólares (equivalente a 313 mil milhões de euros), consiste nas ações que detém da empresa de veículos elétricos, que continua a gerir enquanto trabalha ao lado de Trump.
O 'Tesla Takedown' considera que "Elon Musk está a destruir a democracia em todo o mundo e a usar a fortuna que acumulou na Tesla para o fazer", e propõe "medidas não violentas" para o travar.
"Impedir Musk ajudará a salvar vidas e a proteger a nossa democracia. Os riscos são elevados. Ninguém virá salvar-nos. Nem os políticos, nem os media, nem os tribunais", afirma na sua página na internet, onde sublinha tratar-se de um movimento pacífico que se opõe à violência e ao vandalismo.
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