Smotrich afirmou que 2024 foi um "ano recorde" para a demolição de "edifícios árabes ilegais", de acordo com os critérios israelitas, no território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
No final de uma visita à Cisjordânia com o ministro da Defesa, Israel Katz, Smotrich afirmou que "o Governo israelita está a tentar desenvolver colonatos na Judeia-Samaria", nome dado pelas autoridades israelitas a este território.
"A Judeia e a Samaria são o berço da nossa pátria, a terra da Bíblia. Estamos aqui para ficar", acrescentou.
Cerca de três milhões de palestinianos residem na Cisjordânia, ao lado dos quase meio milhão de israelitas que vivem em colonatos, considerados ilegais pelo direito internacional.
Smotrich, uma figura da extrema-direita israelita, não esconde o desejo de ver a Cisjordânia anexada por Israel, tal como já acontece com a parte oriental de Jerusalém, predominantemente palestiniana, ocupada e anexada por Israel desde 1967, apesar do direito internacional.
No final de 2024, prometeu mesmo que Israel anexaria os colonatos israelitas na Cisjordânia até 2025.
Bezalel e Katz afirmaram ambos que não querem que a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), do Presidente Mahmoud Abbas, "assuma, um dia, o controlo" deste território.
O Tribunal Internacional de Justiça, a mais alta instância judicial das Nações Unidas, decidiu em julho de 2023 -- num "parecer consultivo" descrito por Israel como "absurdo" -- que a ocupação contínua da Cisjordânia era "ilegal" e que Israel tinha a "obrigação de cessar imediatamente todas as atividades de colonização" e de "retirar todos os colonos".
No final de novembro de 2024, a organização não-governamental israelita anti-colonização Peace Now contava 147 colonatos reconhecidos pelas autoridades israelitas na Cisjordânia, bem como 224 considerados não autorizados.
Segundo a União Europeia (UE), 2023 foi um ano recorde para a criação de colonatos na Cisjordânia, com o maior número de licenças de construção emitidas nos últimos 30 anos.
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