Marine Le Pen diz que condenação foi "um erro" e uma "decisão política"

Marine Le Pen está proibida de concorrer a cargos políticos nos próximos cinco anos, o que significa que não poderá avançar para as próximas presidenciais, em 2027. Em causa está o caso em que Le Pen e oito eurodeputados franceses da União Nacional foram considerados culpados de terem desviado fundos públicos do Parlamento Europeu.

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© THOMAS SAMSON/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
31/03/2025 19:23 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

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Marine le Pen

A líder histórica da extrema-direita francesa Marine Le Pen reagiu, esta segunda-feira, após ser condenada a quatro anos de prisão (dois a cumprir com pulseira eletrónica e os outros dois em pena suspensa). A condenação resulta também na proibição de concorrer a cargos públicos nos próximos cinco anos, o que inclui as próximas eleições presidenciais, em 2027, bem como ao pagamento de uma multa.

 

Numa entrevista à TF1, Le Pen considerou que o tribunal tomou "uma decisão política" e que foi cometido "um  erro".

Le Pen foi ainda questionada sobre o motivo que a levou a abandonar o tribunal antes do tempo em que foi proferida a sentença, dizendo que "não precisava [de ouvir] mais" pois percebeu "o que se estava a passar."

Defendendo que o tribunal procurou "deliberadamente" colocar-lhe um 'travão' para as próximas presidenciais - com a proibição de candidatura a cargos políticos nos próximos cinco anos -, Le Pen considerou que milhões de pessoas vão ficar "privadas" de votar no seu favorito nas próximas eleições.

Sinto-me indignada. Estou inocente

Já hoje o advogado de Le Pen, Rodolphe Bosselut, disse que iria recorrer, considerando que a situação é "um golpe para a democracia". Sobre o recurso, Le Pen disse à estação francesa que vai lutar de forma "enérgica" para que ainda possa concorrer às presidenciais. Note-se que Jordan Bardella já foi apontado como o novo potencial candidato - o francês, de 29 anos, é descrito por Le Pen como "uma força extraordinária para a União Nacional, mas ainda assim, Le Pen admite que vai dar luta para que seja ela a concorrer ao Palácio do Eliseu.

Apontando que o aconteceu foram práticas "reservadas aos regimes autoritários", prometeu lutar pela candidatura presidencial. "Não me vou deixar eliminar facilmente. Vou apresentar um recurso que permita que me apresente como candidata", frisou.

Le Pen rejeita ainda, durante a entrevista, que a situação vai ser a sua reforma da política, acrescentando que não está "desmoralizada" pela decisão do tribunal, estando, por outro lado, "escandalizada pela decisão."

"Sinto-me indignada. Estou inocente", garantiu.

Em causa está o caso em que Le Pen e oito eurodeputados franceses da União Nacional foram considerados culpados de terem desviado fundos públicos do Parlamento Europeu.

 [Notícia atualizada às 19h45]

Leia Também: Le Pen condenada a 4 anos de prisão e não pode concorrer às presidenciais

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