Keir Starmer falou com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na segunda-feira para discutir o seu encontro na semana passada na cimeira de Paris, onde foi encontrado "um verdadeiro impulso para apoiar a Ucrânia a longo prazo", pode ler-se num comunicado divulgado por Downing Street (o gabinete do primeiro-ministro britânico),
"Uma reunião das lideranças militares britânica, francesa e ucraniana nos próximos dias faria avançar a próxima fase do planeamento detalhado", frisou Starmer.
O apelo surgiu após uma reunião de líderes europeus em Paris, na semana passada, onde o primeiro-ministro britânico acusou o Presidente russo Vladimir Putin de "fazer joguinhos" com as conversações de paz mediadas pelos EUA.
Starmer e Zelensky recordaram ainda o terceiro aniversário da libertação da cidade ucraniana de Bucha, celebrado na segunda-feira, e prestaram homenagem à "força e coragem" dos seus residentes.
"As suas histórias de sofrimento foram uma dolorosa recordação da barbárie russa nos últimos três anos", apontou o britânico, que visitou o local em 2023.
Na semana passada, o Presidente francês Emmanuel Macron anunciou no final da cimeira de Paris sobre a Ucrânia que haverá uma força de segurança europeia no país em caso de paz.
A força será assegurada por "vários países europeus", disse Macron, citado pela agência francesa AFP, sem especificar que países poderão participar.
Segundo Macron, não se trata de uma força de manutenção de paz, nem de forças presentes nas linhas da frente, nem forças que substituam o exército ucraniano.
Trata-se de forças que "subscreverão um apoio a longo prazo e que funcionarão como dissuasoras de uma potencial agressão russa", afirmou.
O Presidente francês disse que esperava o apoio dos Estados Unidos para o envio de uma força europeia, mas que também se quer preparar para um cenário sem Washington.
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