"O Presidente [russo, Vladimir] Putin tem dito repetidamente que o país está aberto à normalização das relações com aqueles que o desejam", afirmou o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência Tass, depois de ter sido questionado sobre as palavras de Stubb.
Stubb disse na segunda-feira ao primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, que a Finlândia deve "preparar-se mentalmente para o facto de que as relações serão abertas em algum momento a nível político", segundo noticiou a imprensa finlandesa.
"Não podemos dizer quando, mas nada muda o facto de a Rússia ser e sempre será vizinha da Finlândia, com 1.350 quilómetros de fronteira", prosseguiu.
A Finlândia aderiu à NATO em 2023 em resposta à invasão russa da Ucrânia, desencadeada em fevereiro de 2022.
Desde então, Helsínquia tem manifestado o seu apoio às autoridades ucranianas e defendido a necessidade de pôr fim à ofensiva militar russa contra o país europeu.
Ao mesmo tempo, o Governo da Finlândia comprometeu-se a aumentar as despesas com a defesa nacional para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2029, no âmbito de uma nova estratégia de rearmamento que inclui também a futura saída do país nórdico da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal.
A Finlândia já excede os 2% do PIB na despesa em defesa no âmbito do compromisso dos aliados da NATO, mas o primeiro-ministro, Petteri Orpo, declarou que quer ser mais ambicioso.
Neste sentido, destacou que o novo objetivo contribuirá para "reforçar ainda mais a defesa da Finlândia" e adotar uma abordagem de longo prazo com vista à modernização das Forças Armadas, apesar de Petteri Orpo considerar que não existe "nenhuma ameaça militar iminente".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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