O governador de Banguecoque, Chadchart Sittipunt, visitou a área afetada para observar os esforços de busca e salvamento de 78 trabalhadores da construção civil que continuam desaparecidos, de acordo com os mais recentes dados oficiais.
Sittipunt disse que três ou quatro "sinais vitais", que descreveu como fracos, foram detetados através de sensores, e salientou que o desabamento ocorreu durante a evacuação do estaleiro, pelo que os especialistas acreditam que muitos dos desaparecidos podem estar nas escadas de emergência.
"Isto é considerado um sinal potencialmente positivo, uma vez que a estrutura da escada é reforçada, quase como um invólucro protetor. A escada contém pisos empilhados e cavidades internas, o que pode proporcionar espaços adequados para a sobrevivência", observou.
O governador da capital enfatizou a importância do período de 72 horas como crucial para encontrar pessoas vivas sob o enorme monte de cimento, ferro e vidro deixado pelo desabamento deste edifício de 30 andares localizado no norte da capital, perto do mercado turístico de Chatuchak.
As equipas de resgate estão a utilizar cães, drones, uma câmara termográfica para detetar o calor corporal e digitalizações a três dimensões da estrutura para localizar pessoas.
Uma equipa de soldados dos Estados Unidos especializados em resgate já está no local, enquanto mais equipas de resgate internacionais deverão chegar hoje para ajudar na complexa missão.
Até ao momento, as equipas de emergência recuperaram 11 corpos neste local.
Devido ao abalo, pelo menos 18 pessoas morreram, outras 33 ficaram feridas e 78 estão desaparecidas em Banguecoque, capital da Tailândia, segundo o balanço mais recente das autoridades locais, divulgado no domingo.
O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter foi registado às 06:20 (hora de Lisboa) de sexta-feira e provocou mais de 1.700 mortos em Myanmar (antiga Birmânia), disse hoje a junta militar do país
O porta-voz do Governo controlado pela junta, major-general Zaw Min Tun, disse à emissora estatal birmanesa MRTV que outras 3.400 pessoas ficaram feridas e mais de 300 estão ainda desaparecidas.
O anterior balanço, também feito pela junta militar que desde o golpe de Estado de 2021 detém o poder em Myanmar, apontava para 1.644 mortos, 3.408 feridos e 139 desaparecidos.
Uma equipa de especialistas em catástrofes naturais do Governo japonês vai chegar hoje a Myanmar para avaliar os danos causados pelo sismo.
Também hoje, a China enviou para Myanmar o primeiro lote de ajuda humanitária, que inclui tendas, cobertores e equipamento de primeiros socorros.
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