"Dificilmente beneficiaremos com isso. A economia [mundial] está em crise", comentou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
"Numa tempestade destas, temos de ter muito cuidado para minimizar as consequências negativas para a nossa economia", acrescentou Peskov durante a sua conferência de imprensa telefónica diária.
Trata-se da primeira declaração do Kremlin sobre as tarifas anunciadas por Trump na quarta-feira, 02 de abril.
Trump anunciou a imposição de uma tarifa de base global de 10% a todos os países que considera estarem a criar barreiras comerciais aos produtos norte-americanos.
Acrescentou uma tarifa adicional aos que considera serem os "piores infratores", incluindo 20% a todas as importações da União Europeia.
Rússia, Cuba, Coreia do Norte e Bielorrússia foram excluídas das medidas por já estarem sujeitos a severas sanções económicas do Ocidente, de acordo com a Casa Branca (presidência).
"Ouvimos previsões muito desfavoráveis de vários economistas, incluindo os de renome mundial, que receberam as últimas notícias com pessimismo", disse o porta-voz do Kremlin.
Peskov afirmou que a economia russa é resiliente, com uma ampla margem de força.
Mesmo assim, "serão necessários esforços adicionais no contexto da atual turbulência na economia mundial", admitiu.
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