Taiwan não impõe direitos aduaneiros recíprocos às importações dos EUA

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, anunciou hoje que não tenciona impor direitos aduaneiros recíprocos às importações provenientes dos Estados Unidos, depois de Washington ter aplicado à ilha uma sobretaxa de 32%.

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© An Rong Xu/Bloomberg via Getty Images

Lusa
06/04/2025 15:58 ‧ há 2 dias por Lusa

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Taiwan

O governo taiwanês criticou as tarifas americanas como "injustas" e "muito pouco razoáveis", mas absteve-se de ameaçar com medidas de retaliação contra o seu principal parceiro de segurança.

 

Em vez disso, Taiwan vai gastar 2,7 mil milhões de dólares (perto de 2,5 mil milhões de euros) para ajudar as indústrias afetadas pelas novas tarifas americanas, parte de uma ofensiva global anunciada pelo residente dos EUA, Donald Trump, na última passada.

"Em resposta às tarifas recíprocas dos EUA, Taiwan não tenciona impor tarifas de retaliação", disse Lai Ching-te. Mas, disse o presidente de Taiwan, "temos de deixar claro aos Estados Unidos as contribuições de Taiwan para o seu desenvolvimento económico".

O Presidente fez este anúncio depois de se ter reunido com membros do setor das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) de Taiwan e com várias empresas durante o fim de semana.

O excedente comercial de Taiwan com os EUA é o sétimo maior de qualquer país, atingindo 73,9 mil milhões de dólares em 2024. Cerca de 60% das exportações de Taiwan para os EUA são de TIC, que incluem microchips, dos quais Taiwan é o maior produtor mundial.

Os microchips, que são cruciais para os gigantes tecnológicos americanos, também foram excluídas dos novos direitos aduaneiros dos EUA.

No entanto, Donald Trump acusou Taiwan de roubar a indústria de chips dos EUA e ameaçou recentemente impor tarifas de até 100% sobre as importações de semicondutores da ilha.

Taipé argumentou que o excedente comercial reflete o aumento da procura de semicondutores e de outros produtos tecnológicos de Taiwan por parte dos EUA, impulsionado pelos direitos aduaneiros e pelos controlos das exportações contra a China, impostos por Trump durante o seu primeiro mandato.

Lai referiu que o governo de Taiwan formou uma equipa para negociar com Washington.

Taiwan poderia comprar mais produtos americanos para reduzir o défice, aumentar o seu investimento nos Estados Unidos, eliminar as barreiras não tarifárias e diversificar os seus mercados, explicou.

Embora os direitos aduaneiros dos EUA tenham um "impacto significativo" na economia de Taiwan, orientada para a exportação, Lai instou os taiwaneses a "não entrarem em pânico", afirmando que o país tem uma "capacidade de resistência considerável", uma vez que mais de três quartos das exportações se destinam a outros países além dos EUA.

Leia Também: Taiwan inicia maiores manobras militares anuais num contexto de pressão da China

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