Macron, que se encontra numa viagem oficial de três dias desde domingo, centrada na situação em Gaza, vai visitar Al Arish, perto da fronteira com Gaza, acompanhado por Al Sisi.
O chefe de Estado francês vai ainda visitar o posto logístico de ajuda humanitária de Gaza, no Sinai, e deve reunir-se com representantes de organizações que trabalham no terreno junto das populações refugiadas, vítimas da guerra.
Milhares de cidadãos egípcios, maioritariamente oriundos das várias localidades da Península do Sinai, começaram a reunir-se durante a noite de segunda-feira e hoje de manhã frente ao aeroporto de Al Arish.
Segundo a agência France-Presse, muitos manifestantes entoaram palavras de ordem e ergueram faixas exigindo o fim da guerra em Gaza, assim como a pedir a entrada de ajuda humanitária.
Os manifestantes rejeitam a deportação dos habitantes de Gaza para o Egito e para a Jordânia, tal como foi proposto pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Não à deportação dos palestinianos", "Sim à reconstrução de Gaza" são algumas das frases que se podiam ler nos cartazes.
Em Al Arish, perto do posto fronteiriço de Rafah, que está fechado por Israel, o Egito criou uma zona para armazenar ajuda humanitária e médica para Gaza proveniente de diferentes países do mundo, bem como centros de saúde para receber os doentes e feridos que são autorizados a sair do enclave palestiniano.
Além de visitar o hospital público de Al Arish, Macron vai encontrar-se com representantes de organizações humanitárias, incluindo do Crescente Vermelho egípcio, e do contingente de gendarmes franceses destacados na zona.
Israel pôs termo a um cessar-fogo com o Hamas em março e cortou toda a ajuda alimentar, combustível e humanitária a Gaza - uma tática que os grupos de defesa dos direitos humanos consideram crime de guerra - ao mesmo tempo que emitiu novas ordens de retirada que obrigaram milhares de civis a fugir dos bombardeamentos e das operações terrestres israelitas.
A guerra de Israel em Gaza, agora no 18º mês, já matou mais de 50 mil palestinianos, na maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Israel prometeu intensificar a guerra até que o Hamas devolva dezenas de reféns, desarme e abandone o território.
A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram Israel em 07 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns.
O Hamas mantém 59 reféns.
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