Diplomacia palestiniana condena "intrusão provocadora" de Netanyahu

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana condenou hoje a "intrusão provocadora" de Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza, onde o primeiro-ministro israelita realizou, na véspera, uma visita às tropas destacadas no norte do enclave.

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© REUTERS/Leah Millis

Lusa
16/04/2025 14:46 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Num comunicado, o ministério considerou que "a intrusão provocadora de Benjamin Netanyahu no norte da Faixa de Gaza e as declarações que aí proferiu visam prolongar e agravar os crimes de genocídio".

 

Na terça-feira, Netanyahu visitou as tropas israelitas destacadas no norte do território devastado por 18 meses de guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

"O Hamas continuará a ser atingido, golpe após golpe. Insistimos na libertação dos nossos reféns e mantemos a determinação em alcançar todos os nossos objetivos de guerra", afirmou, então, Netanyahu, citado pelos serviços do gabinete governamental.

Rompendo uma trégua que durava há dois meses, o exército israelita retomou, a 18 de março, as operações militares na Faixa de Gaza, com o objetivo de forçar o Hamas a libertar os reféns que ainda se encontram detidos desde o ataque levado a cabo pelo movimento islamita contra Israel, a 07 de outubro de 2023.

Nas semanas desde que a ofensiva israelita foi retomada, após quase dois meses de cessar-fogo, foram mortas na Faixa de Gaza mais de 1.600 pessoas pelos ataques israelitas, cerca de um terço das quais menores, segundo os mais recentes dados do Ministério da Saúde local, que a ONU considera fidedignos.

Uma das últimas visitas que Netanyahu tinha feito ao enclave palestiniano foi em novembro do ano passado, quando se deslocou ao corredor de Netzarim, uma zona militarizada que atravessa a Faixa de Gaza de leste a oeste.

Desde o recomeço da guerra em Gaza, o Exército israelita ocupou território ao longo das suas fronteiras, incluindo no norte e no sul, e controla agora quase 70% da totalidade do território, cuja população está sujeita a deslocações forçadas ou amontoada em zonas de exclusão cada vez mais exíguas, segundo a última estimativa do OCHA (Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários).

Na zona sul, ao longo da fronteira com o Egito, Israel criou um novo corredor e quase desocupou a cidade de Rafah, ali controlando assim uma área que representa cerca de 20% de todo o território de Gaza.

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, mais de 51.000 mortos, na maioria civis, incluindo mais de 18.000 crianças, e mais de 111.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Leia Também: "Interromper a ajuda humanitária reduz o controlo do Hamas"

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