Antigo presidente da RDCongo Joseph Kabila regressou ao país após exílio

O antigo presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) Joseph Kabila, acusado pelo Governo de apoiar os rebeldes, regressou esta sexta-feira ao país do exílio autoimposto, disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) fontes próximas do ex-governante.

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Lusa
18/04/2025 23:52 ‧ ontem por Lusa

Mundo

RDCongo

Joseph Kabila, que deixou a RDCongo em 2023, está em Goma, cidade controlada pelos rebeldes, "para participar nos esforços de paz" no leste, onde os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, ocuparam grandes áreas, incluindo a estratégica cidade, de acordo com um conselheiro do antigo Presidente.

 

O regresso ao país, vizinho de Angola, foi também confirmado por outro conselheiro de Joseph Kabila e um oficial do M23.

Os três falaram com a AFP sob anonimato, por não estarem autorizados a falar com os meios de comunicação social sobre o assunto.

O conflito que dura há décadas na RDCongo escalou em janeiro, quando os rebeldes ocuparam Goma, seguindo-se Bukavu, cidade que tomaram no mês seguinte.

Mais de três mil pessoas morreram nos combates, que agravaram aquela que já era uma das maiores crises humanitárias do mundo, com cerca de sete milhões de pessoas deslocadas.

O M23 é um dos mais de 100 grupos armados ativos no leste da RDCongo, muito rica em ouro, metais raros fundamentais às maiores tecnológicas mundiais e vários outros recursos minerais.

A RDCongo acusa o Ruanda e o M23 de tentarem deitar a mão aos minérios no leste do país. O M23, pelo seu lado, alega estar a defender uma parte ameaçada da população tutsi a viver no Kivu do Norte.

Joseph Kabila liderou o Congo de 2011 a 2019, tendo assumido o cargo aos 29 anos e prolongado o mandato, adiando as eleições por dois anos após o fim do mesmo, em 2017.

Depois de deixar o Congo, Kabila viveu na África do Sul e noutros países africanos.

No ano passado, o atual Presidente do país, Felix Tshisekedi, acusou Joseph Kabila de apoiar os rebeldes e de "preparar uma insurreição", uma alegação que o antigo Presidente nega.

Leia Também: Número de mortos em naufrágio no noroeste da RDCongo subiu para 148

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