"O lado ucraniano continua a sua propaganda, e as nossas forças continuam a operação militar especial [expressão usada pela liderança russa para se referir à invasão da Ucrânia]", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária, quando questionado sobre o ataque mortal em Kyiv.
Peskov sublinhou que a trégua da Páscoa, "que foi repetidamente violada pelo lado ucraniano", terminou hoje.
"Atualmente, os nossos militares continuam a executar as tarefas atribuídas pelo Comandante Supremo e neste contexto, continuam a atacar alvos militares e quase militares", acrescentou Peskov.
O Ministério da Defesa russo reportou um "ataque massivo" na Ucrânia com armas de longo alcance e de alta precisão.
De acordo com as autoridades militares russas, o bombardeamento teve como alvo instalações militares, como fábricas de aviação, instalações de produção de mísseis, fábricas de tanques e máquinas na Ucrânia, bem como infraestruturas para a produção de combustível e de munições.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje à interrupção imediata e incondicional dos bombardeamentos russos, depois de nove pessoas terem morrido num ataque em Kyiv.
Zelensky cancelou mesmo parte da sua visita de Estado à África do Sul para regressar a Kyiv mais cedo.
De acordo com um relatório divulgado esta manhã pelo chefe da Administração Militar de Kyiv, Timur Tkachenko, a Rússia lançou 'drones', mísseis guiados e mísseis balísticos contra a capital ucraniana.
Por sua vez, o ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko, escreveu na sua conta da rede social Telegram que para além de Kyiv, a Rússia atacou de forma combinada as regiões de Zhytomyr, Dinipropetrovsk, Kharkiv, Poltava, Khmelnytskyi, Sumi e Zaporijia, mas que a capital foi a cidade que mais sofreu com estes ataques.
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