"A Ucrânia sabe há muito tempo que um cessar-fogo ou um acordo de paz duradouro e fiável poderia envolver concessões territoriais", disse o ministro Boris Pistorius numa entrevista à estação de televisão ARD.
No entanto, o governante alemão prosseguiu: "Mas estas não irão certamente tão longe como agora, ou pelo menos não tão longe como a última proposta do presidente norte-americano".
Os Estados Unidos não divulgaram detalhes do acordo proposto, mas sugeriram congelar a linha da frente e aceitar o controlo russo da Crimeia em troca da paz.
O 'site' de notícias 'online' Axios noticiou um plano norte-americano apresentado às autoridades ucranianas que faria com que Washington reconhecesse "de facto" a ocupação russa das regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, no leste, bem como de Kherson e Zaporíjia, no sul.
Boris Pistorius saudou o encontro realizado no dia anterior em Roma, à margem do funeral do Papa Francisco, entre o Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky.
"Ao mesmo tempo, as coisas estão a mudar diariamente, quase se poderia dizer", apressou-se a acrescentar.
"Os sinais são muito contraditórios: ora muito amigáveis, ora muito hostis [...]. Diria que as ações falam por si no final", concluiu.
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