Num anúncio transmitido pela televisão no domingo à noite, o Partido Democrático anunciou que Lee conquistou a nomeação presidencial com quase 90% dos votos nas primárias que terminaram no domingo, derrotando dois rivais.
"Agora, o povo e os nossos colegas de partido deram-me a oportunidade de reconquistar a presidência e construir uma nova e verdadeira República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul]. Obrigado! Vou humildemente implementar esta tarefa árdua e séria", disse Lee, no discurso de vitória.
Lee, de 60 anos, que foi governador da província de Gyeonggi, a mais populosa da Coreia do Sul, e presidente da Câmara da cidade de Seongnam, é o claro favorito para vencer as eleições.
De acordo com uma sondagem da Gallup Korea, divulgada na sexta-feira, 38% dos inquiridos escolheram Lee, enquanto nenhum dos outros potenciais candidatos chegou a 10% das preferências.
O principal partido conservador, o Partido do Poder Popular, atualmente no poder, vai escolher o candidato no próximo fim de semana.
Esta será a terceira tentativa de Lee para se candidatar à presidência, depois de perder por pouco a eleição de 2022 para Yoon.
Em 10 de abril, Lee tinha anunciado a candidatura às primárias do partido, um dia após abandonar o cargo de presidente da formação política.
"Estou a concorrer para criar uma verdadeira Coreia", afirmou Lee num vídeo, acrescentando que pretende ser "a melhor ferramenta" para o povo sul-coreano face à grave crise política e social que tem enfrentado desde que o ex-presidente Yoon Suk-yeol declarou brevemente a lei marcial, em dezembro.
Lee defendeu que a raiz do conflito social é económica e propôs a reativação da economia através do investimento público em tecnologia e formação de recursos humanos.
O dirigente rejeitou posições ideológicas, optando por uma abordagem que garantiu ser pragmática e defendeu, além disso, uma política externa baseada no interesse nacional da Coreia do Sul.
A Comissão Nacional de Eleições já iniciou o registo de pré-candidatos para aquela que será a 21.ª eleição presidencial do país. O período de campanha eleitoral arranca em 12 de maio.
Lee, de 61 anos, trabalhou em fábricas desde muito jovem, tendo sofrido um acidente de trabalho que o deixou com lesões permanentes num braço.
Depois de obter uma bolsa de estudo, estudou Direito e começou a trabalhar num escritório de advogados de direitos humanos.
A carreira do democrata tem sido marcada por ambiciosos programas sociais, mas também por alegações de corrupção ligadas a um projeto de desenvolvimento urbano.
Em janeiro, foi vítima de uma tentativa de assassínio e, em 26 de março, foi absolvido de uma condenação que ameaçava desqualificá-lo.
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