"Exortamos o Japão a seguir o caminho do desenvolvimento pacífico e a agir com prudência no domínio da segurança militar", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, durante uma conferência de imprensa em Pequim.
O porta-voz defendeu que as operações marítimas do seu país nas zonas em disputa "são legítimas e legais e, por conseguinte, irrepreensíveis".
Guo também advertiu contra a criação de blocos ou alianças militares suscetíveis de "aumentar as tensões regionais".
As observações surgem na sequência de uma cimeira realizada em Manila, na terça-feira, entre o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., na qual os dois líderes se comprometeram a reforçar a sua cooperação em matéria de defesa, com o apoio dos Estados Unidos.
Tóquio e Manila rejeitaram qualquer tentativa de alterar à força o status quo no mar do Leste da China e no mar do Sul da China, zonas onde mantêm disputas territoriais com Pequim.
Durante a sua visita, Ishiba reafirmou a vontade do Japão de reforçar a coordenação com as Filipinas e com Washington, face a um "ambiente de segurança cada vez mais grave" na região.
A reunião coincidiu com o início dos exercícios militares conjuntos entre os EUA e as Filipinas, que envolvem 14.000 soldados, e com o aumento da atividade militar chinesa perto de Taiwan, para onde Pequim enviou dezenas de aviões nos últimos dias, num contexto de tensões regionais crescentes.
A China reivindica grande parte do mar do Sul da China e argumenta que os seus direitos na zona têm uma base histórica e legal.
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