Segundo o balanço diário feito pelo Ministério da Saúde do enclave palestiniano, tutelado pelo Hamas, outras 145 pessoas ficaram feridas.
As mortes de terça-feira elevam o número total de mortos no enclave palestiniano para 52.653 desde o início da guerra com Israel, em outubro de 2023, de acordo com a contagem oficial do ministério.
Além disso, desde que Israel rompeu o cessar-fogo com o Hamas e retomou a ofensiva na madrugada de 18 de março, 2.545 pessoas foram mortas e 6.856 ficaram feridas na Faixa de Gaza.
Entre os ataques de terça-feira, um dos mais fortes ocorreu contra a escola Abu Hamisah, gerida pela agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), situada no campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa de Gaza.
A escola foi bombardeada duas vezes e os ataques causaram um total de 33 mortes, confirmadas hoje pelas autoridades médicas locais.
Inicialmente, a Defesa Civil palestiniana informou que 22 pessoas tinham sido mortas após um ataque aéreo israelita a uma escola no centro da Faixa de Gaza, que albergaria deslocados, tal como referiu Ahmad Radwan, funcionário da organização de resgate do enclave onde prosseguem confrontos entre militantes do Hamas e forças israelitas.
Num comunicado, o exército israelita afirmou que, com o apoio dos serviços de informações, "atacou terroristas que operavam dentro de um centro de comando e controlo do Hamas no centro da Faixa de Gaza, que era utilizado para armazenar armas destinadas à execução de ataques terroristas contra civis israelitas e tropas".
"Antes do ataque, foram tomadas várias medidas para mitigar o risco de ferir civis não envolvidos, incluindo o uso de munições precisas, vigilância aérea e informações adicionais", adiantou a mesma fonte.
"As organizações terroristas violam sistematicamente o direito internacional, explorando as infraestruturas civis e a população de Gaza como escudos humanos para atividades terroristas", frisou o exército israelita.
Israel controla cerca de metade do território de Gaza, incluindo uma zona ao longo da fronteira com Israel, e três corredores que se estendem de leste a oeste ao longo do enclave.
Este cenário faz concentrar muitos palestinianos em faixas de terra cada vez mais pequenas no devastado território.
Israel tem vindo a aumentar a pressão sobre o Hamas, instando o grupo extremista a demonstrar mais flexibilidade nas negociações de um potencial acordo de paz.
No início de março, Israel suspendeu a entrada de ajuda em Gaza, uma proibição que continua em vigor e que mergulhou o território de 2,3 milhões de pessoas numa grave crise humanitária.
Leia Também: Hamas quer "acordo global e abrangente" e ANP pede fim ao cerco de Gaza